A menina Pequenininha adora brincar de estátua. E adora mais ainda virar estátua sempre que ouve uma palavra novinha em folha. Movida pela poesia da primeira vez, fica imóvel, durinha na mesma posição, hipnotizada por aquele som recém-ouvido, inédito e recheado de significado. Não demora muito para que essa mania da garota se transforme num jeito diferente, poético, de encarar as descobertas da vida. A poesia da primeira vez chega às livrarias como obra infantil que nada deixa a dever à melhor literatura feita para gente grande. Neste novo livro, Stella Maris retrata o olhar poético de sua Pequenininha como fonte de eterno maravilhamento. Com respeito à inteligência das crianças, não abre mão de sua prosa liricamente elaborada, não didatiza o texto nem adoça a trama. Fala da vida como ela é, sem subestimar a capacidade de discernimento de seu público. Assim como faz em seus livros para jovens, a autora não escreve em nenhum momento olhando de cima para baixo. Em A poesia da primeira vez, ela captura a atenção das crianças valendo-se de uma dicção toda própria, que prescinde de gírias ou expressões infantilizadas para se fazer compreender. O resultado é uma obra cuja atmosfera de estranha beleza, acentuada pelas ilustrações de Laurent Cardon, deixa a criançada em transe, imobilizada com o livro nas mãos... como numa brincadeira de estátua.
A menina Pequenininha adora brincar de estátua. E adora mais ainda virar estátua sempre que ouve uma palavra novinha em folha. Movida pela poesia da primeira vez, fica imóvel, durinha na mesma posição, hipnotizada por aquele som recém-ouvido, inédito e recheado de significado. Não demora muito para que essa mania da garota se transforme num jeito diferente, poético, de encarar as descobertas da vida. A poesia da primeira vez chega às livrarias como obra infantil que nada deixa a dever à melhor literatura feita para gente grande. Neste novo livro, Stella Maris retrata o olhar poético de sua Pequenininha como fonte de eterno maravilhamento. Com respeito à inteligência das crianças, não abre mão de sua prosa liricamente elaborada, não didatiza o texto nem adoça a trama. Fala da vida como ela é, sem subestimar a capacidade de discernimento de seu público. Assim como faz em seus livros para jovens, a autora não escreve em nenhum momento olhando de cima para baixo. Em A poesia da primeira vez, ela captura a atenção das crianças valendo-se de uma dicção toda própria, que prescinde de gírias ou expressões infantilizadas para se fazer compreender. O resultado é uma obra cuja atmosfera de estranha beleza, acentuada pelas ilustrações de Laurent Cardon, deixa a criançada em transe, imobilizada com o livro nas mãos... como numa brincadeira de estátua.