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O livro do jazz

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Berilo Torres — o último refém brasileiro de Saddam Hussein

R$ 70,00
"As primeiras notícias da reação do mundo alcançavam nossos ouvidos pelas emissoras de rádio que conseguíamos sintonizar naquele deserto, principalmente a BBC de Londres. O sentimento era de pavor. Os números assustavam. Eram, naquele momento, mais de 70 navios de guerra, 302 aviões de combate, 40 helicópteros militares e mais de 20 mil soldados de sete países que estavam no Golfo Pérsico ou imediações. Acuado pelas tropas internacionais, Saddam Hussein reagiu segurando como reféns milhares de ocidentais. As razões pelas quais o regime dele mantinha os brasileiros no Iraque eram as mesmas pelas quais o ditador segurava no país aproximadamente 3 mil americanos e 4,5 mil ingleses, além de outros estrangeiros. Nas mãos de Saddam, os estrangeiros funcionavam, em primeiro lugar, como escudo humano contra um eventual ataque aéreo das forças lideradas pelos Estados Unidos. Poderiam, eventualmente, servir de moeda de troca numa negociação que permitiria ao dirigente sair da enrascada em que tinha se metido ao invadir o Kuwait. Além disso, pela lógica da guerra, se começassem a faltar alimentos, os estrangeiros, obviamente, seriam os primeiros a sentir os efeitos do bloqueio. A realidade era que nós, os 408 brasileiros ali acomodados no nosso acampamento, éramos reféns de Saddam Hussein”
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LIT_ATMA_130032
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Seller Admin
Autores Eduardo Murta
Número de páginas 176
Editora EDITORA LETRAMENTO
Idioma PORTUGUÊS
ISBN 6559321398
Encadernação Capa Dura
Edição 1
Ano de Edição 2021
Tiragem 0
Descrição "As primeiras notícias da reação do mundo alcançavam nossos ouvidos pelas emissoras de rádio que conseguíamos sintonizar naquele deserto, principalmente a BBC de Londres. O sentimento era de pavor. Os números assustavam. Eram, naquele momento, mais de 70 navios de guerra, 302 aviões de combate, 40 helicópteros militares e mais de 20 mil soldados de sete países que estavam no Golfo Pérsico ou imediações. Acuado pelas tropas internacionais, Saddam Hussein reagiu segurando como reféns milhares de ocidentais. As razões pelas quais o regime dele mantinha os brasileiros no Iraque eram as mesmas pelas quais o ditador segurava no país aproximadamente 3 mil americanos e 4,5 mil ingleses, além de outros estrangeiros. Nas mãos de Saddam, os estrangeiros funcionavam, em primeiro lugar, como escudo humano contra um eventual ataque aéreo das forças lideradas pelos Estados Unidos. Poderiam, eventualmente, servir de moeda de troca numa negociação que permitiria ao dirigente sair da enrascada em que tinha se metido ao invadir o Kuwait. Além disso, pela lógica da guerra, se começassem a faltar alimentos, os estrangeiros, obviamente, seriam os primeiros a sentir os efeitos do bloqueio. A realidade era que nós, os 408 brasileiros ali acomodados no nosso acampamento, éramos reféns de Saddam Hussein”
Código de Barras 9786559321391

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