Em um contexto de exploração do “perigo vermelho”, um ano antes do golpe que instauraria a ditadura que perduraria por 21 anos, estudantes de tradicionais faculdades paulistas, amparados nas premissas anticomunistas, se reúnem para formar um grupo que se tornaria conhecido como o Comando de Caça aos Comunistas. O grupo, por meio de seus integrantes, passa, então, a atuar dentro do ambiente universitário, influenciando a dinâmica da política estudantil e com a escalada da repressão, em 1968, os atos ultrapassam os muros das universidades passando a atuar, inclusive, no aparelho repressivo, deixando sua assinatura nas violações aos direitos humanos ocorridas no período. Ao estudar com rigor o ideário e a ação do famigerado Comando de Caça aos Comunistas – CCC, Danielle Barreto Lima nos brinda com elementos mais do que suficientes para compreender a atualização das trevas do passado que teimam em atormentar o presente. Observando as formas de fazer política – ou negála – de jovens conservadores e reacionários, acantonados em duas importantes universidades paulistas, a autora escrutina o enraizamento daquela militância pelo país e a sua longevidade no tempo.
do estudante ao terrorista (1963 – 1980)
Em um contexto de exploração do “perigo vermelho”, um ano antes do golpe que instauraria a ditadura que perduraria por 21 anos, estudantes de tradicionais faculdades paulistas, amparados nas premissas anticomunistas, se reúnem para formar um grupo que se tornaria conhecido como o Comando de Caça aos Comunistas. O grupo, por meio de seus integrantes, passa, então, a atuar dentro do ambiente universitário, influenciando a dinâmica da política estudantil e com a escalada da repressão, em 1968, os atos ultrapassam os muros das universidades passando a atuar, inclusive, no aparelho repressivo, deixando sua assinatura nas violações aos direitos humanos ocorridas no período. Ao estudar com rigor o ideário e a ação do famigerado Comando de Caça aos Comunistas – CCC, Danielle Barreto Lima nos brinda com elementos mais do que suficientes para compreender a atualização das trevas do passado que teimam em atormentar o presente. Observando as formas de fazer política – ou negála – de jovens conservadores e reacionários, acantonados em duas importantes universidades paulistas, a autora escrutina o enraizamento daquela militância pelo país e a sua longevidade no tempo.