Embora Sacco e Vanzetti fossem dois trabalhadores imigrantes pobres nos Estados Unidos dos anos 1920, o caso em que eles foram envolvidos se tornou um dos mais célebres e de maior repercussão nos anais da Justiça. No entanto, os julgamentos de seus processos, a sentença de morte que receberam e sua execução nos primeiros minutos do dia 23 de agosto de 1927 dizem muito mais sobre as classes dirigentes das sociedades capitalistas que sobre os dois até então obscuros anarquistas por elas assassinados num ato de intimidação e advertência às forças progressistas. Para se conhecer quem foram Sacco e Vanzetti, bem como seu pensamento, sua ação política, seu círculo de relações, é imprescindível a leitura das cartas que eles escreveram durante os sete anos em que ficaram presos sob falsa acusação. Depoimentos de profunda humanidade, estas cartas foram publicadas no ano seguinte à execução de seus autores, sendo consideradas por muitos como a mais eloquente defesa de sua inocência. Cem anos depois daqueles acontecimentos infaustos, recrudesceram os discursos de ódio, a pregação da violência para a solução de conflitos, o sistema judiciário manipulado contra adversários políticos, a hostilidade aos pobres, estrangeiros, minorias e outsiders. A um tempo como o nosso, estas cartas têm muito a dizer.
as cartas de Sacco e Vanzetti
Embora Sacco e Vanzetti fossem dois trabalhadores imigrantes pobres nos Estados Unidos dos anos 1920, o caso em que eles foram envolvidos se tornou um dos mais célebres e de maior repercussão nos anais da Justiça. No entanto, os julgamentos de seus processos, a sentença de morte que receberam e sua execução nos primeiros minutos do dia 23 de agosto de 1927 dizem muito mais sobre as classes dirigentes das sociedades capitalistas que sobre os dois até então obscuros anarquistas por elas assassinados num ato de intimidação e advertência às forças progressistas. Para se conhecer quem foram Sacco e Vanzetti, bem como seu pensamento, sua ação política, seu círculo de relações, é imprescindível a leitura das cartas que eles escreveram durante os sete anos em que ficaram presos sob falsa acusação. Depoimentos de profunda humanidade, estas cartas foram publicadas no ano seguinte à execução de seus autores, sendo consideradas por muitos como a mais eloquente defesa de sua inocência. Cem anos depois daqueles acontecimentos infaustos, recrudesceram os discursos de ódio, a pregação da violência para a solução de conflitos, o sistema judiciário manipulado contra adversários políticos, a hostilidade aos pobres, estrangeiros, minorias e outsiders. A um tempo como o nosso, estas cartas têm muito a dizer.