"Giovanna Bartucci reúne [aqui] artigos e ensaios em torno de sua preocupação com a psicanálise na contemporaneidade.
Há um paradoxo que serve como fio condutor de seu pensamento, em que o cerne da constituição da vida psíquica não se superpõe à produção das subjetividades na contemporaneidade. A verdade é que esta última toma um rumo contrário, oposto, que destrói os propósitos da primeira. Nesse sentido, a psicanálise e o trabalho analítico seriam [assim] subversivos à evolução social e cultural, e a questão que se coloca é se haveria possibilidade de sua permanência e êxito.
[...]
A autora aborda ainda as consequências do mal-estar na cínica psicanalítica e as patologias que esta enfrenta, ressaltando aspectos da metapsicologia frediana, tais como a pulsão da morte, o mesmo e o duplo, a compulsão à repetição e a repetição transferencial, entre outros temas como o amor e o desejo na contemporaneidade. Não obstante, cabe a pergunta: com o advento do neoliberalismo e suas consequências contemporâneas, houve de fato um tipo de assassinato da alma, sua perda total?
[...]
Em Fragilidade absoluta: ensaios sobre psicanálise e contemporaneidade e Onde tudo acontece: cultura e psicanálise no século XXI (Prêmio Jabuti, 2014), livro subsequente da autora, juntam-se, afinal, mediante uma linguagem acurada, uma análise crítica dos tempos pós-modernos, da contemporaneidade com a efetividade subversiva da psicanálise e sua prática e suas alianças com as artes. Uma leitura aguda e fascinante que recomendo ao leitor."
Do prefácio de Daniel Delouya, Psicanalista, membro efetivo com funções didáticas na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
Ensaios sobre psicanálise e contemporaneidade
"Giovanna Bartucci reúne [aqui] artigos e ensaios em torno de sua preocupação com a psicanálise na contemporaneidade.
Há um paradoxo que serve como fio condutor de seu pensamento, em que o cerne da constituição da vida psíquica não se superpõe à produção das subjetividades na contemporaneidade. A verdade é que esta última toma um rumo contrário, oposto, que destrói os propósitos da primeira. Nesse sentido, a psicanálise e o trabalho analítico seriam [assim] subversivos à evolução social e cultural, e a questão que se coloca é se haveria possibilidade de sua permanência e êxito.
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A autora aborda ainda as consequências do mal-estar na cínica psicanalítica e as patologias que esta enfrenta, ressaltando aspectos da metapsicologia frediana, tais como a pulsão da morte, o mesmo e o duplo, a compulsão à repetição e a repetição transferencial, entre outros temas como o amor e o desejo na contemporaneidade. Não obstante, cabe a pergunta: com o advento do neoliberalismo e suas consequências contemporâneas, houve de fato um tipo de assassinato da alma, sua perda total?
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Em Fragilidade absoluta: ensaios sobre psicanálise e contemporaneidade e Onde tudo acontece: cultura e psicanálise no século XXI (Prêmio Jabuti, 2014), livro subsequente da autora, juntam-se, afinal, mediante uma linguagem acurada, uma análise crítica dos tempos pós-modernos, da contemporaneidade com a efetividade subversiva da psicanálise e sua prática e suas alianças com as artes. Uma leitura aguda e fascinante que recomendo ao leitor."
Do prefácio de Daniel Delouya, Psicanalista, membro efetivo com funções didáticas na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo