O livro reúne reflexões do autor elaboradas especialmente nos últimos três anos a respeito do processo de crise, de transição, de reestruturação da indústria da música, que se iniciou no final da década passada e que tem mobilizado de forma dramática todos os profissionais que direta e indiretamente atuam neste setor da produção cultural. Há alguns anos assiste-se a um processo de transição da indústria da música em quase todo o globo. Presenciam-se mudanças significativas na estrutura da sua cadeia produtiva: dentre as muitas alterações, constatamos com grande perplexidade, por exemplo, a “resistência” dos consumidores em pagar pelos fonogramas a redução do cast de artistas e do quadro de funcionários das grandes empresas; a crise da noção de álbum que vai deixando de ser o objetivo central desta indústria ou a mercadoria mais valorizada nesta dinâmica de produção e consumo; ao desaparecimento de antigas funções no setor e, ao mesmo tempo, ao surgimento de novas profissões que empregam especialmente as novas tecnologias. Em função de certo ineditismo e relevância destas mudanças, poder-se-ia dizer que a indústria da música, no inicio do século XXI constitui-se – de certa maneira - em uma espécie de “laboratório” para observar as transformações que já estão começando a afetar os diferentes setores das indústrias culturais.
O livro reúne reflexões do autor elaboradas especialmente nos últimos três anos a respeito do processo de crise, de transição, de reestruturação da indústria da música, que se iniciou no final da década passada e que tem mobilizado de forma dramática todos os profissionais que direta e indiretamente atuam neste setor da produção cultural. Há alguns anos assiste-se a um processo de transição da indústria da música em quase todo o globo. Presenciam-se mudanças significativas na estrutura da sua cadeia produtiva: dentre as muitas alterações, constatamos com grande perplexidade, por exemplo, a “resistência” dos consumidores em pagar pelos fonogramas a redução do cast de artistas e do quadro de funcionários das grandes empresas; a crise da noção de álbum que vai deixando de ser o objetivo central desta indústria ou a mercadoria mais valorizada nesta dinâmica de produção e consumo; ao desaparecimento de antigas funções no setor e, ao mesmo tempo, ao surgimento de novas profissões que empregam especialmente as novas tecnologias. Em função de certo ineditismo e relevância destas mudanças, poder-se-ia dizer que a indústria da música, no inicio do século XXI constitui-se – de certa maneira - em uma espécie de “laboratório” para observar as transformações que já estão começando a afetar os diferentes setores das indústrias culturais.