Quem era Sócrates? Quais os conteúdos do seu pensamento? E por que “o homem mais justo do seu tempo” foi acusado de impiedade em Atenas, símbolo da democracia? O filósofo mais “paradoxal” de todos foi autor e vítima post mortem, e hoje, mais do que nunca, de outro paradoxo. Não escreveu nada e, segundo muitos, é inútil procurar os traços “históricos” na comparação entre as fontes (Aristófanes, Platão, Xenofonte…); no entanto, sua vida e seu pensamento estão no centro da reflexão desde os estoicos até Ficino, Nietzsche ou Foucault. Mas a riqueza da figura de Sócrates se explica melhor pela variedade de fontes do que pelo descarte das notícias e divergências como criações ex nihilo. Este livro parte de sua persona, o papel social que Sócrates conscientemente traduziu na excentricidade da sua figura intelectual; a seguir, explora o seu método (entre refutação e aporia, eros e ironia) e os temas de reflexão (a alma e o seu cuidado, o bem e a virtude) em que foi pioneiro como filósofo; por fim, o processo e a condenação à morte, que Sócrates enfrentou como cidadão de uma cidade que o criticara de forma severa por tê-la amado profundamente.
Quem era Sócrates? Quais os conteúdos do seu pensamento? E por que “o homem mais justo do seu tempo” foi acusado de impiedade em Atenas, símbolo da democracia? O filósofo mais “paradoxal” de todos foi autor e vítima post mortem, e hoje, mais do que nunca, de outro paradoxo. Não escreveu nada e, segundo muitos, é inútil procurar os traços “históricos” na comparação entre as fontes (Aristófanes, Platão, Xenofonte…); no entanto, sua vida e seu pensamento estão no centro da reflexão desde os estoicos até Ficino, Nietzsche ou Foucault. Mas a riqueza da figura de Sócrates se explica melhor pela variedade de fontes do que pelo descarte das notícias e divergências como criações ex nihilo. Este livro parte de sua persona, o papel social que Sócrates conscientemente traduziu na excentricidade da sua figura intelectual; a seguir, explora o seu método (entre refutação e aporia, eros e ironia) e os temas de reflexão (a alma e o seu cuidado, o bem e a virtude) em que foi pioneiro como filósofo; por fim, o processo e a condenação à morte, que Sócrates enfrentou como cidadão de uma cidade que o criticara de forma severa por tê-la amado profundamente.