Este livro foi escrito ao longo do período de isolamento provocado pela pandemia de Covid-19. A experiência, ainda que em circunstâncias distintas, remeteu a autora ao lockdown vivido na Albânia, em 1997, em decorrência da guerra civil que sobreveio ao fim do regime socialista. Foi assim que nasceu Livre, misto de livro de memórias e teoria política que causou furor ao ser lançado no mundo de língua inglesa em 2021.
Nascida na Albânia em 1979, Lea Ypi fala de seus anos de formação num país isolado pelo totalitarismo. Com humor e leveza, Ypi relembra a infância sob o regime socialista, a adoração aos líderes Enver Hoxha e Ióssif Stálin e a presença constante do Partido em todos os aspectos da vida.
A consciência acerca do regime autoritário em que vivia se dá em paralelo ao processo de abertura política do país, que acaba resultando em uma guerra civil. O que torna a narrativa profundamente envolvente, além do amadurecimento político da pequena Lea, é a descoberta de como os pais e a adorada avó encobriam a realidade para protegê-la.
Professora de teoria política e especialista em Marx, Lea Ypi apresenta o socialismo a seus alunos como uma teoria da liberdade humana. Enquanto seus pais acreditavam que o liberalismo traria liberdade, a autora não alimentava essa ilusão.
Vem daí a singularidade deste livro: ao contrário do que desejariam alguns, a tomada de consciência da autora em relação aos descalabros do regime comunista não se traduz em aceitação ingênua das iniquidades do mundo.
Virando adulta no fim da história
Este livro foi escrito ao longo do período de isolamento provocado pela pandemia de Covid-19. A experiência, ainda que em circunstâncias distintas, remeteu a autora ao lockdown vivido na Albânia, em 1997, em decorrência da guerra civil que sobreveio ao fim do regime socialista. Foi assim que nasceu Livre, misto de livro de memórias e teoria política que causou furor ao ser lançado no mundo de língua inglesa em 2021.
Nascida na Albânia em 1979, Lea Ypi fala de seus anos de formação num país isolado pelo totalitarismo. Com humor e leveza, Ypi relembra a infância sob o regime socialista, a adoração aos líderes Enver Hoxha e Ióssif Stálin e a presença constante do Partido em todos os aspectos da vida.
A consciência acerca do regime autoritário em que vivia se dá em paralelo ao processo de abertura política do país, que acaba resultando em uma guerra civil. O que torna a narrativa profundamente envolvente, além do amadurecimento político da pequena Lea, é a descoberta de como os pais e a adorada avó encobriam a realidade para protegê-la.
Professora de teoria política e especialista em Marx, Lea Ypi apresenta o socialismo a seus alunos como uma teoria da liberdade humana. Enquanto seus pais acreditavam que o liberalismo traria liberdade, a autora não alimentava essa ilusão.
Vem daí a singularidade deste livro: ao contrário do que desejariam alguns, a tomada de consciência da autora em relação aos descalabros do regime comunista não se traduz em aceitação ingênua das iniquidades do mundo.