Obra incontornável de Fernando Pessoa, o Livro do desassossego ganha nova edição revista e atualizada com organização do especialista Richard Zenith — autor de Pessoa: Uma biografia — e posfácio inédito da célebre crítica literária Leyla Perrone-Moisés.
Publicado pela primeira vez em 1982, quase cinco décadas depois da morte de Fernando Pessoa, o Livro do desassossego se tornou um marco da literatura. Escrito por Bernardo Soares — personagem fictício considerado um “semi-heterônimo” de Pessoa pela indiscutível proximidade com o autor —, o volume recolhe cerca de quinhentos fragmentos em prosa que abordam o desconforto do indivíduo em relação à sociedade em que vive.Nos trechos recolhidos neste volume, o tom depressivo ganha forma numa náusea constante que atinge não apenas as dimensões intelectual e afetiva, mas também o plano físico. É como se “a existência da própria alma”, de acordo com o narrador, fosse capaz de engendrar um permanente “incômodo dos músculos”.Seja pelo estilo fragmentário, tão representativo dos nossos tempos, seja pelo esforço em buscar significado em uma vida que muitas vezes parece esvaziada de sentido, o Livro do desassossego impressiona por sua radical atualidade.
Obra incontornável de Fernando Pessoa, o Livro do desassossego ganha nova edição revista e atualizada com organização do especialista Richard Zenith — autor de Pessoa: Uma biografia — e posfácio inédito da célebre crítica literária Leyla Perrone-Moisés.
Publicado pela primeira vez em 1982, quase cinco décadas depois da morte de Fernando Pessoa, o Livro do desassossego se tornou um marco da literatura. Escrito por Bernardo Soares — personagem fictício considerado um “semi-heterônimo” de Pessoa pela indiscutível proximidade com o autor —, o volume recolhe cerca de quinhentos fragmentos em prosa que abordam o desconforto do indivíduo em relação à sociedade em que vive.Nos trechos recolhidos neste volume, o tom depressivo ganha forma numa náusea constante que atinge não apenas as dimensões intelectual e afetiva, mas também o plano físico. É como se “a existência da própria alma”, de acordo com o narrador, fosse capaz de engendrar um permanente “incômodo dos músculos”.Seja pelo estilo fragmentário, tão representativo dos nossos tempos, seja pelo esforço em buscar significado em uma vida que muitas vezes parece esvaziada de sentido, o Livro do desassossego impressiona por sua radical atualidade.