Vivemos tempos paradoxais e difíceis, em que os discursos e as práticas sobre os assuntos relacionados ao meio ambiente não conseguem encontrar um equilíbrio entre aquilo que é desejado e o que é efetivamente realizado. Sem qualquer pessimismo existencial, tampouco imbuído de uma esperança utópica e sonhadora, celebro meus 50 anos de dedicação ao ensino e à pesquisa em ciências da vida, particularmente nas áreas da Biologia e da Botânica, incluindo as três décadas dedicadas à Ética Ambiental. Nos anos que ainda me restam, três desejos pretendo contemplar: o primeiro é que o ser humano tenha bom senso para buscar alternativas inteligentes no enfrentamento dos desafios das mudanças climáticas; o segundo, que deixemos um legado positivo no âmbito planetário para as gerações que nos sucederão; e o terceiro, que a natureza tenha força e resiliência para superar as feridas que nós, os humanos, provocamos com os rompimentos das cadeias vitais e as sucessivas alterações de nossos biomas.
Reflexões, legados e memórias
Vivemos tempos paradoxais e difíceis, em que os discursos e as práticas sobre os assuntos relacionados ao meio ambiente não conseguem encontrar um equilíbrio entre aquilo que é desejado e o que é efetivamente realizado. Sem qualquer pessimismo existencial, tampouco imbuído de uma esperança utópica e sonhadora, celebro meus 50 anos de dedicação ao ensino e à pesquisa em ciências da vida, particularmente nas áreas da Biologia e da Botânica, incluindo as três décadas dedicadas à Ética Ambiental. Nos anos que ainda me restam, três desejos pretendo contemplar: o primeiro é que o ser humano tenha bom senso para buscar alternativas inteligentes no enfrentamento dos desafios das mudanças climáticas; o segundo, que deixemos um legado positivo no âmbito planetário para as gerações que nos sucederão; e o terceiro, que a natureza tenha força e resiliência para superar as feridas que nós, os humanos, provocamos com os rompimentos das cadeias vitais e as sucessivas alterações de nossos biomas.