Os temas da escravidão e da presença africana tiveram destaque no chamado pensamento social brasileiro desde o alvorecer do século XX. Por meio de inúmeras publicações, sabemos cada vez mais sobre as estruturas sociais, demográficas, econômicas e culturais de várias regiões, assim como de sua população de africanos e descendentes. Entretanto, para algumas temáticas ainda há muitas indagações. Como foi a participação das mulheres cativas na organização da sociedade escravista e nas primeiras décadas do pós-emancipação? Como elaboraram sociabilidades, modificando a própria vida e a de seus familiares? Como protestaram com obstinação, minando a escravidão e contrariando a ideia de que aceitaram com passividade a opressão imposta? Esta coletânea – que reúne importantes especialistas na temática – avança nessa direção. Os vários ensaios passeiam por cidades, plantations e áreas de mineração de norte a sul do Brasil, nos séculos XVIII, XIX e primeiras décadas do XX. Com pesquisas originais, que esmiúçam fontes diversas e privilegiam as biografias, temos um quadro amplo e fascinante das experiências das mulheres africanas, crioulas, cativas e forras – primeiras agentes da emancipação da comunidade de africanos e de seus descendentes na diáspora.
Os temas da escravidão e da presença africana tiveram destaque no chamado pensamento social brasileiro desde o alvorecer do século XX. Por meio de inúmeras publicações, sabemos cada vez mais sobre as estruturas sociais, demográficas, econômicas e culturais de várias regiões, assim como de sua população de africanos e descendentes. Entretanto, para algumas temáticas ainda há muitas indagações. Como foi a participação das mulheres cativas na organização da sociedade escravista e nas primeiras décadas do pós-emancipação? Como elaboraram sociabilidades, modificando a própria vida e a de seus familiares? Como protestaram com obstinação, minando a escravidão e contrariando a ideia de que aceitaram com passividade a opressão imposta? Esta coletânea – que reúne importantes especialistas na temática – avança nessa direção. Os vários ensaios passeiam por cidades, plantations e áreas de mineração de norte a sul do Brasil, nos séculos XVIII, XIX e primeiras décadas do XX. Com pesquisas originais, que esmiúçam fontes diversas e privilegiam as biografias, temos um quadro amplo e fascinante das experiências das mulheres africanas, crioulas, cativas e forras – primeiras agentes da emancipação da comunidade de africanos e de seus descendentes na diáspora.