Duas fábulas do uruguaio Horacio Quiroga, um dos maiores contistas de todos os tempos, recriadas no traço personalíssimo de Odyr, autor da já clássica adaptação de A revolução dos bichos para os quadrinhos.
“Uma flecha que, cuidadosamente apontada, sai do arco para ir direto ao alvo.” Assim o uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) definiu a arte do conto, gênero que o consagrou como um dos maiores escritores latino-americanos do século XX. Influenciado pela vida em Misiones e no Chaco missioneiro, no nordeste argentino, e cada vez mais obcecado por relatos fabulares e parábolas à Kipling, Quiroga escreveu onze contos reunidos sob o título de El desierto, publicado em 1924. São deste livro as duas parábolas recolhidas, adaptadas e ilustradas pelo gaúcho Odyr: “O leão” e “A pátria”. Na primeira, um leão é ludibriado de modo a submeter-se à civilização. Na outra, um grupo de animais decide, a exemplo dos homens, fundar uma pátria, humanizando-se e traindo sua existência selvagem. As consequências são misteriosas e sombrias.O leão e a pátria, ao combinar as extraordinárias visões de Odyr e Quiroga, sugere uma meditação profunda sobre homens, animais, meio ambiente e as complexas relações entre natureza e cultura.
“Odyr ousou fazer da destituição uma utopia, produzindo no encontro com Quiroga sua obra mais pessoal. O resultado dessa confluência é uma obra elegante e cheia de força.” — Joca Reiners Terron
Duas fábulas do uruguaio Horacio Quiroga, um dos maiores contistas de todos os tempos, recriadas no traço personalíssimo de Odyr, autor da já clássica adaptação de A revolução dos bichos para os quadrinhos.
“Uma flecha que, cuidadosamente apontada, sai do arco para ir direto ao alvo.” Assim o uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) definiu a arte do conto, gênero que o consagrou como um dos maiores escritores latino-americanos do século XX. Influenciado pela vida em Misiones e no Chaco missioneiro, no nordeste argentino, e cada vez mais obcecado por relatos fabulares e parábolas à Kipling, Quiroga escreveu onze contos reunidos sob o título de El desierto, publicado em 1924. São deste livro as duas parábolas recolhidas, adaptadas e ilustradas pelo gaúcho Odyr: “O leão” e “A pátria”. Na primeira, um leão é ludibriado de modo a submeter-se à civilização. Na outra, um grupo de animais decide, a exemplo dos homens, fundar uma pátria, humanizando-se e traindo sua existência selvagem. As consequências são misteriosas e sombrias.O leão e a pátria, ao combinar as extraordinárias visões de Odyr e Quiroga, sugere uma meditação profunda sobre homens, animais, meio ambiente e as complexas relações entre natureza e cultura.
“Odyr ousou fazer da destituição uma utopia, produzindo no encontro com Quiroga sua obra mais pessoal. O resultado dessa confluência é uma obra elegante e cheia de força.” — Joca Reiners Terron