Pasquins eram papéis manuscritos, anônimos, que apareciam nas primeiras horas do dia afixados em lugares de grande circulação. Sofriam uma perseguição implacável, e por isso poucos foram conservados. "O pasquim do Calambau: infâmia, sátira e o reverso da Inconfidência Mineira" traz o único exemplar que restou de um pasquim veiculado no pequeno arraial de Calambau, no interior de Minas Gerais, no ano de 1798.?
O “pasquim do Calambau” veio à luz seis anos depois da condenação dos réus da Conjuração Mineira, e relata de maneira satírica a má conduta de um morador local, ao mesmo tempo que apresenta uma visão incomum do movimento libertário, atacando-o com ferocidade.
Conforme se percorre o texto, descortina-se aos poucos um universo de sentidos: o vocabulário é rústico e a linguagem, impregnada de oralidade, tem a função de cativar a gente simples da rua, os trabalhadores da roça, oficiais mecânicos, homens e mulheres escravizados, vizinhos.
Organizado por Álvaro de Araujo Antunes e Luciano Figueiredo, "O pasquim do Calambau: infâmia, sátira e o reverso da Inconfidência Mineira" traz o pasquim, a devassa — na qual se coletaram dezenas de depoimentos dos moradores locais — e trechos do processo judicial que julgou o caso. Lidos em sequência, esses textos não apenas formam um vasto painel dos conflitos e acontecimentos do período, mas oferecem também um raro retrato da oralidade e das ideias políticas e religiosas populares do período.
Infâmia, sátira e o reverso da Inconfidência Mineira
Pasquins eram papéis manuscritos, anônimos, que apareciam nas primeiras horas do dia afixados em lugares de grande circulação. Sofriam uma perseguição implacável, e por isso poucos foram conservados. "O pasquim do Calambau: infâmia, sátira e o reverso da Inconfidência Mineira" traz o único exemplar que restou de um pasquim veiculado no pequeno arraial de Calambau, no interior de Minas Gerais, no ano de 1798.?
O “pasquim do Calambau” veio à luz seis anos depois da condenação dos réus da Conjuração Mineira, e relata de maneira satírica a má conduta de um morador local, ao mesmo tempo que apresenta uma visão incomum do movimento libertário, atacando-o com ferocidade.
Conforme se percorre o texto, descortina-se aos poucos um universo de sentidos: o vocabulário é rústico e a linguagem, impregnada de oralidade, tem a função de cativar a gente simples da rua, os trabalhadores da roça, oficiais mecânicos, homens e mulheres escravizados, vizinhos.
Organizado por Álvaro de Araujo Antunes e Luciano Figueiredo, "O pasquim do Calambau: infâmia, sátira e o reverso da Inconfidência Mineira" traz o pasquim, a devassa — na qual se coletaram dezenas de depoimentos dos moradores locais — e trechos do processo judicial que julgou o caso. Lidos em sequência, esses textos não apenas formam um vasto painel dos conflitos e acontecimentos do período, mas oferecem também um raro retrato da oralidade e das ideias políticas e religiosas populares do período.