PLACEBO é um procedimento falso, que apresenta efeitos terapêuticos devido a causas psicológicas do paciente que será tratado: é algo que alcança seu efeito máximo na subjetividade.
José Maria Brindisi leva a subjetividade até o esgotamento neste livro, seja na linguagem sem fôlego, na asfixia de Becerra, o protagonista, ou na trama vertiginosa. PLACEBO é um romance que fala sobre a decadência do corpo, da mente, sobre o tempo que passa e destrói tudo ao nosso redor: dos casamentos a amizades.
Há uma dialética vigente aqui: vida e morte, saúde e doença, juventude e velhice, passado e presente, cidade grande e cidade pequena, caos e tranquilidade, tesão e frigidez; esses pontos opostos se espelham, fazendo com que o leitor se sinta aprisionado em um caleidoscópio de um parágrafo só, buscando sair dessas dualidades que abatem os personagens da história, principalmente a Becerra, que está exausto, decadente, meio morto, como um cavalo definhando largado no meio de uma estrada, buscando salvar o melhor amigo, a esposa, a amante, a mãe, seu mundo, que estão em ruínas.
Construída entre o abismo da existência e um personagem prestes a implodir, a prosa de José Maria Brindisi em PLACEBO é um ar quente na literatura argentina contemporânea: uma experiência inquietante e imperdível.
Bruno Ribeiro
PLACEBO é um procedimento falso, que apresenta efeitos terapêuticos devido a causas psicológicas do paciente que será tratado: é algo que alcança seu efeito máximo na subjetividade.
José Maria Brindisi leva a subjetividade até o esgotamento neste livro, seja na linguagem sem fôlego, na asfixia de Becerra, o protagonista, ou na trama vertiginosa. PLACEBO é um romance que fala sobre a decadência do corpo, da mente, sobre o tempo que passa e destrói tudo ao nosso redor: dos casamentos a amizades.
Há uma dialética vigente aqui: vida e morte, saúde e doença, juventude e velhice, passado e presente, cidade grande e cidade pequena, caos e tranquilidade, tesão e frigidez; esses pontos opostos se espelham, fazendo com que o leitor se sinta aprisionado em um caleidoscópio de um parágrafo só, buscando sair dessas dualidades que abatem os personagens da história, principalmente a Becerra, que está exausto, decadente, meio morto, como um cavalo definhando largado no meio de uma estrada, buscando salvar o melhor amigo, a esposa, a amante, a mãe, seu mundo, que estão em ruínas.
Construída entre o abismo da existência e um personagem prestes a implodir, a prosa de José Maria Brindisi em PLACEBO é um ar quente na literatura argentina contemporânea: uma experiência inquietante e imperdível.
Bruno Ribeiro