Ensino (e aprendizagem) das lutas

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Vivendo com a hipertensão

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Schopenhauer, Freud e a religião

R$ 68,00
Schopenhauer é um filósofo visto equivocadamente como misantropo, sem voz e seguidores. Contudo, esse preconceito vem sendo cada vez mais desmentido. Esta obra procura expandir essa crítica ao problematizar sua fortuna sobre Freud: por um lado, Schopenhauer afirma que a Vontade inconsciente daquele “equivale aos instintos anímicos da psicanálise”. A teoria da repressão, “pedra angular” da Psicanálise, também teria sido antecipada por Schopenhauer em seu conceito de loucura. E a descoberta do primado do inconsciente e da sexualidade – que o colocaria ao lado de Copérnico e Darwin entre os grandes demolidores do narcisismo humano –, também teria Schopenhauer como referencial. Mas, Freud também protesta que não criou uma metafísica, mas uma ciência com dados particulares e uma terapia que nos ajuda a enfrentar nossos problemas. Eis o que chamamos de “o caso Freud”: pertenceria esse autor à “escola de Schopenhauer”? Para nos posicionarmos diante dele, esclarecemos aqui o que é essa tradição. Depois, aclaramos seus principais vínculos com a Psicanálise. Por fim, analisamos a posição de ambos sobre um tema pouco comentado: a religião. Ambos concordam em que ela seja uma ilusão oriunda de nossas necessidades mais prementes. Schopenhauer, porém, define-a como uma compensação dada pela natureza à nossa consciência da morte, sofrimento e efemeridade. Divide-a entre pessimistas e otimistas, isto é, entre as que reconhecem o mundo como um erro a ser expiado e as que o louvam ingenuamente. E assevera que o avanço do conhecimento limita sua esfera cada vez mais, rumo à sua extinção. Para Freud, a religião é uma neurose obsessiva coletiva, que repete o modelo infantil de alucinação com um superpai como solução ao problema triplo da origem, proteção e legislação da conduta. E se aprofunda na história do monoteísmo mosaico, que entende ser a primeira tentativa radical de expiação da culpa pelo assassinato do pai primevo, com o qual toda cultura se inicia. Freud herda o ateísmo de Schopenhauer e radicaliza sua antirreligiosidade, e, com isso, insere-se ao menos na proximidade do schopenhauerianismo.
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Autores Achille Mbembe
Número de páginas 295
Editora APPRIS
Idioma PORTUGUÊS
ISBN 6525041953
Encadernação Brochura com Sobrecapa
Edição 1
Ano de Edição 2023
Tiragem 0
Descrição Schopenhauer é um filósofo visto equivocadamente como misantropo, sem voz e seguidores. Contudo, esse preconceito vem sendo cada vez mais desmentido. Esta obra procura expandir essa crítica ao problematizar sua fortuna sobre Freud: por um lado, Schopenhauer afirma que a Vontade inconsciente daquele “equivale aos instintos anímicos da psicanálise”. A teoria da repressão, “pedra angular” da Psicanálise, também teria sido antecipada por Schopenhauer em seu conceito de loucura. E a descoberta do primado do inconsciente e da sexualidade – que o colocaria ao lado de Copérnico e Darwin entre os grandes demolidores do narcisismo humano –, também teria Schopenhauer como referencial. Mas, Freud também protesta que não criou uma metafísica, mas uma ciência com dados particulares e uma terapia que nos ajuda a enfrentar nossos problemas. Eis o que chamamos de “o caso Freud”: pertenceria esse autor à “escola de Schopenhauer”? Para nos posicionarmos diante dele, esclarecemos aqui o que é essa tradição. Depois, aclaramos seus principais vínculos com a Psicanálise. Por fim, analisamos a posição de ambos sobre um tema pouco comentado: a religião. Ambos concordam em que ela seja uma ilusão oriunda de nossas necessidades mais prementes. Schopenhauer, porém, define-a como uma compensação dada pela natureza à nossa consciência da morte, sofrimento e efemeridade. Divide-a entre pessimistas e otimistas, isto é, entre as que reconhecem o mundo como um erro a ser expiado e as que o louvam ingenuamente. E assevera que o avanço do conhecimento limita sua esfera cada vez mais, rumo à sua extinção. Para Freud, a religião é uma neurose obsessiva coletiva, que repete o modelo infantil de alucinação com um superpai como solução ao problema triplo da origem, proteção e legislação da conduta. E se aprofunda na história do monoteísmo mosaico, que entende ser a primeira tentativa radical de expiação da culpa pelo assassinato do pai primevo, com o qual toda cultura se inicia. Freud herda o ateísmo de Schopenhauer e radicaliza sua antirreligiosidade, e, com isso, insere-se ao menos na proximidade do schopenhauerianismo.
Código de Barras 9786525041957

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