Este livro propõe uma sociologia histórica de um grupo de grandes proprietários de terra pouco estudado nas ciências sociais, os chamados estancieiros. A análise de longo prazo permite desvendar as estruturas sociais relacionadas à posição de origem dos integrantes desta fração das classes dominantes. Donos de vastos domínios fundiários no sul do Brasil, nos quais criam gado bovino de forma extensiva, eles ocuparam os principais postos de mando na República entre os anos de 1930 e 1980. Os exemplos mais conhecidos foram os presidentes Getúlio Vargas, João Goulart, Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Tanto à esquerda, quanto à direita do espectro político, muitos integrantes das principais linhagens de famílias estancieiras estiveram no centro das decisões políticas neste período. À sua ascensão política, corresponde também com a ascensão econômica, o que marca toda a diferença para com os seus congêneres nacionais senhores de engenho e barões do café. É este espaço social estancieiro que se procura decifrar ao longo de sete capítulos. São analisadas as distinções e o poder simbólico do prestígio pelo consumo, o estilo de vida aristocrático, as estratégias matrimoniais e sucessorais do patrimônio fundiário, as relações sociais de produção e de dominação em seus domínios fundiários, os cálculos econômicos e as transformações deste espaço ao longo do tempo.
Sociologia histórica do patronato estancieiro do Rio Grande do Sul (1920-2019).
Este livro propõe uma sociologia histórica de um grupo de grandes proprietários de terra pouco estudado nas ciências sociais, os chamados estancieiros. A análise de longo prazo permite desvendar as estruturas sociais relacionadas à posição de origem dos integrantes desta fração das classes dominantes. Donos de vastos domínios fundiários no sul do Brasil, nos quais criam gado bovino de forma extensiva, eles ocuparam os principais postos de mando na República entre os anos de 1930 e 1980. Os exemplos mais conhecidos foram os presidentes Getúlio Vargas, João Goulart, Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Tanto à esquerda, quanto à direita do espectro político, muitos integrantes das principais linhagens de famílias estancieiras estiveram no centro das decisões políticas neste período. À sua ascensão política, corresponde também com a ascensão econômica, o que marca toda a diferença para com os seus congêneres nacionais senhores de engenho e barões do café. É este espaço social estancieiro que se procura decifrar ao longo de sete capítulos. São analisadas as distinções e o poder simbólico do prestígio pelo consumo, o estilo de vida aristocrático, as estratégias matrimoniais e sucessorais do patrimônio fundiário, as relações sociais de produção e de dominação em seus domínios fundiários, os cálculos econômicos e as transformações deste espaço ao longo do tempo.