No seio do rio

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O Brasil e a França na mundialização neoliberal

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Sensibilidade, coquetismo e libertinagem

R$ 88,00
O romance "Pamela", de Samuel Richardson (1740), inova ao misturar detalhismo na descrição das cenas cotidianas e dos sentimentos da protagonista. Pressionada pela perseguição empreendida por seu patrão, o poderoso magistrado Mr. B, num misto de opressão social explícita e fantasia erótica sub-reptícia, Pamela vira símbolo realista de uma ética hiper-idealista - paradoxo que só enriquece esse momento definidor de um novo contrato entre obra e leitor. Voltaire, Rousseau e Diderot respondem com obras próprias a tal abalo cultural. Outros autores, hoje desconhecidos – Boissy ou d’Aucour –, atuam como fomentadores do embate entre a "sensibilité" e a "libertinage" – entre a mímese que exige empatia e a do cinismo distanciado. Diderot será o teórico sutil do novo momento, em ensaios sobre o teatro ou mesmo em seus romances, como "A Religiosa". Faz um hiperbólico (e brilhante) "Elogio" a Richardson com vistas a descrever o novo pacto de leitura no Ocidente. Se Marivaux cria uma personagem coquete que resiste à centralidade masculina e Voltaire se afasta do aristocratismo rumo ao enternecimento, "Crébillon fils" criará o tipo do libertino, deixando claro o tensionamento ético que se joga no tabuleiro do drama, do romance e da teoria da nova verossimilhança, a definir o campo estético da Europa do momento, entre França e Inglaterra, entre o antigo classicismo e a nascente modernidade estética. Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é pesquisador do século XVIII francês e inglês, tem ensaios sobre Diderot, Rousseau e Sade. Tradutor de Sade ("Novelas trágicas", 2008). Tenta flagrar os ecos das tensões do século XVIII no Brasil do XIX ou XX, em ensaios sobre Machado de Assis, Raul Pompeia ou João do Rio.
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Autores Achille Mbembe
Número de páginas 418
Editora ALAMEDA EDITORIAL
Idioma PORTUGUÊS
ISBN 857939578X
Encadernação Brochura com Sobrecapa
Edição 1
Ano de Edição 2019
Tiragem 0
Descrição a Pamela inglesa, as Pamelas francesas e as mudanças éticas e estéticas do século XVIII O romance "Pamela", de Samuel Richardson (1740), inova ao misturar detalhismo na descrição das cenas cotidianas e dos sentimentos da protagonista. Pressionada pela perseguição empreendida por seu patrão, o poderoso magistrado Mr. B, num misto de opressão social explícita e fantasia erótica sub-reptícia, Pamela vira símbolo realista de uma ética hiper-idealista - paradoxo que só enriquece esse momento definidor de um novo contrato entre obra e leitor. Voltaire, Rousseau e Diderot respondem com obras próprias a tal abalo cultural. Outros autores, hoje desconhecidos – Boissy ou d’Aucour –, atuam como fomentadores do embate entre a "sensibilité" e a "libertinage" – entre a mímese que exige empatia e a do cinismo distanciado. Diderot será o teórico sutil do novo momento, em ensaios sobre o teatro ou mesmo em seus romances, como "A Religiosa". Faz um hiperbólico (e brilhante) "Elogio" a Richardson com vistas a descrever o novo pacto de leitura no Ocidente. Se Marivaux cria uma personagem coquete que resiste à centralidade masculina e Voltaire se afasta do aristocratismo rumo ao enternecimento, "Crébillon fils" criará o tipo do libertino, deixando claro o tensionamento ético que se joga no tabuleiro do drama, do romance e da teoria da nova verossimilhança, a definir o campo estético da Europa do momento, entre França e Inglaterra, entre o antigo classicismo e a nascente modernidade estética. Sobre o autor: André Luiz Barros da Silva é pesquisador do século XVIII francês e inglês, tem ensaios sobre Diderot, Rousseau e Sade. Tradutor de Sade ("Novelas trágicas", 2008). Tenta flagrar os ecos das tensões do século XVIII no Brasil do XIX ou XX, em ensaios sobre Machado de Assis, Raul Pompeia ou João do Rio.
Código de Barras 9788579395789

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