Quem é o sofista? Ainda hoje, em nossa linguagem, é sinônimo de homem sagaz, pronto a sustentar uma tese ou, indiferentemente, a contrária; um caviloso, mais ou menos pedante e mais ou menos mal-intencionado; um homem que “adultera” os discursos com excessivas sutilezas, que se agarra teimosa e pedantemente a toda palavra ou conceito expressos por seu interlocutor e sobre cada um deles tem o que repetir, pelo simples gosto de contradizer; um homem falso, que recorre a todos os truques da linguagem para prevalecer na discussão, ou também somente para ser aplaudido pelo público; em suma, um homem que molesta, que não tem nada para dizer e, no entanto, não faz outra coisa senão falar. Mas, historicamente, quem de fato foi o sofista? Este ensaio, por um lado, pretende traçar a história e o porquê da “imagem perdedora” do sofista, criada na Antiguidade e que chegou a nós, de modo complexo e não linear; por outro lado, deseja restituir, mediante uma análise não preconceituosa dos textos que nos foram conservados, as linhas daquelas impostações culturais, filosóficas, éticas e políticas, das quais os antigos sofistas foram portadores e que ainda hoje conservam todo o seu valor e a sua “atualidade”.
Quem é o sofista? Ainda hoje, em nossa linguagem, é sinônimo de homem sagaz, pronto a sustentar uma tese ou, indiferentemente, a contrária; um caviloso, mais ou menos pedante e mais ou menos mal-intencionado; um homem que “adultera” os discursos com excessivas sutilezas, que se agarra teimosa e pedantemente a toda palavra ou conceito expressos por seu interlocutor e sobre cada um deles tem o que repetir, pelo simples gosto de contradizer; um homem falso, que recorre a todos os truques da linguagem para prevalecer na discussão, ou também somente para ser aplaudido pelo público; em suma, um homem que molesta, que não tem nada para dizer e, no entanto, não faz outra coisa senão falar. Mas, historicamente, quem de fato foi o sofista? Este ensaio, por um lado, pretende traçar a história e o porquê da “imagem perdedora” do sofista, criada na Antiguidade e que chegou a nós, de modo complexo e não linear; por outro lado, deseja restituir, mediante uma análise não preconceituosa dos textos que nos foram conservados, as linhas daquelas impostações culturais, filosóficas, éticas e políticas, das quais os antigos sofistas foram portadores e que ainda hoje conservam todo o seu valor e a sua “atualidade”.