O livro tem como tema a correção de redação de alunos do ensino médio (normal e técnico) e do curso pré-vestibular. Trata-se de uma análise discursiva do depoimento oral e escrito de alunos quanto à correção de seus textos. O problema que originou é o fato de, diante da correção, o aluno reage paradoxalmente: ele pede um comentário que aponte seus erros e reclama quando tem seu erro mostrado. A hipótese de pesquisa é que o aluno pede a correção, porque sabe que necessita fazer uma redação de qualidade para alcançar sucesso no vestibular; por outro lado, ele reclama do excesso de apontamento de erros, porque julga que seu texto explicita seu pensamento. O objetivo da análise é encontrar na materialidade linguística desses alunos a explicação para tal pedido e reclamação. Para compor o corpus da pesquisa, foram analisados textos redigidos por estudantes e foram coletados depoimentos formais e informais desses alunos a respeito da correção. Os resultados mostram que a leitura que fazem do comentário é filtrada pela representação que fazem de correção, de corretor, de texto e de si mesmos; e pela subjetividade desses sujeitos. Além disso, demonstram que a atividade de redação, bem como o comentário, ajudam na formação do próprio sujeito.
O livro tem como tema a correção de redação de alunos do ensino médio (normal e técnico) e do curso pré-vestibular. Trata-se de uma análise discursiva do depoimento oral e escrito de alunos quanto à correção de seus textos. O problema que originou é o fato de, diante da correção, o aluno reage paradoxalmente: ele pede um comentário que aponte seus erros e reclama quando tem seu erro mostrado. A hipótese de pesquisa é que o aluno pede a correção, porque sabe que necessita fazer uma redação de qualidade para alcançar sucesso no vestibular; por outro lado, ele reclama do excesso de apontamento de erros, porque julga que seu texto explicita seu pensamento. O objetivo da análise é encontrar na materialidade linguística desses alunos a explicação para tal pedido e reclamação. Para compor o corpus da pesquisa, foram analisados textos redigidos por estudantes e foram coletados depoimentos formais e informais desses alunos a respeito da correção. Os resultados mostram que a leitura que fazem do comentário é filtrada pela representação que fazem de correção, de corretor, de texto e de si mesmos; e pela subjetividade desses sujeitos. Além disso, demonstram que a atividade de redação, bem como o comentário, ajudam na formação do próprio sujeito.