Os bancos latino-americanos, juntamente com os africanos, são os mais rentáveis do mundo: entre 4 e 5 vezes mais rentáveis que no Norte Global. Eles extraem quase 100 bilhões de dólares de lucro anualmente – um valor equivalente ao PIB do Equador – e, ainda, sustentaram sua lucratividade apesar do colapso econômico durante a pandemia. Em 2020, nenhum banco faliu, mas, pelo contrário, obtiveram ganhos superiores aos dos bancos dos países desenvolvidos em anos normais! No livro A mão visível do banqueiro invisível. Renda e lucro extraordinário dos bancos latino-americanos, os economistas Guillermo Celso Oglietti e Sergio Martín Páez, pesquisadores do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG), demonstram, através de uma análise rigorosa de dados, como os bancos parasitam as sociedades, ganhando muito e investindo pouco. No caso do Brasil, essa lucratividade extraordinária se sustenta em operações de tesouraria que explicam um terço de suas rendas. Como aponta o prefácio de Álvaro García Linera: “os bancos se tornaram um novo capítulo das ‘veias abertas’ de Galeano”.
Renda e lucro extraordinário dos bancos latino-americanos
Os bancos latino-americanos, juntamente com os africanos, são os mais rentáveis do mundo: entre 4 e 5 vezes mais rentáveis que no Norte Global. Eles extraem quase 100 bilhões de dólares de lucro anualmente – um valor equivalente ao PIB do Equador – e, ainda, sustentaram sua lucratividade apesar do colapso econômico durante a pandemia. Em 2020, nenhum banco faliu, mas, pelo contrário, obtiveram ganhos superiores aos dos bancos dos países desenvolvidos em anos normais! No livro A mão visível do banqueiro invisível. Renda e lucro extraordinário dos bancos latino-americanos, os economistas Guillermo Celso Oglietti e Sergio Martín Páez, pesquisadores do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG), demonstram, através de uma análise rigorosa de dados, como os bancos parasitam as sociedades, ganhando muito e investindo pouco. No caso do Brasil, essa lucratividade extraordinária se sustenta em operações de tesouraria que explicam um terço de suas rendas. Como aponta o prefácio de Álvaro García Linera: “os bancos se tornaram um novo capítulo das ‘veias abertas’ de Galeano”.