Este livro é resultado de uma preocupação histórica sobre a invisibilidade do trabalho reprodutivo, aquele que a gente lava roupa, cuida de criança etc. O foco é a reflexão sobre o trabalho doméstico remunerado, aquele realizado por trabalhadoras domésticas, demonstrando a impossibilidade da produção de riquezas dentro do capital sem a sua presença. A relação entre trabalho produtivo e reprodutivo tem um enlace que não podemos cansar de revelar e denunciar. Além disso, o trabalho doméstico remunerado tem um feixe de relações que nos ajuda a compreender a realidade brasileira. São questões raciais, de gênero, de diferenças regionais que, uma vez não tratadas, são dimensionadas para uma análise hegemônica que esquece essas relações de poder e de exploração. Afinal, no Brasil, 92% dessas trabalhadoras é mulher e 67% é negra. Portanto, ao analisarmos as condições de trabalho de trabalhadoras domésticas em Sergipe, trouxemos cortes de análise que consideramos fundamentais para compreender a escravização contemporânea a partir dessas diferenças. Demonstrando que a ausência dessas análises leva a equívocos da política pública de enfrentamento à escravização.
Condições escravistas das trabalhadoras domésticas
Este livro é resultado de uma preocupação histórica sobre a invisibilidade do trabalho reprodutivo, aquele que a gente lava roupa, cuida de criança etc. O foco é a reflexão sobre o trabalho doméstico remunerado, aquele realizado por trabalhadoras domésticas, demonstrando a impossibilidade da produção de riquezas dentro do capital sem a sua presença. A relação entre trabalho produtivo e reprodutivo tem um enlace que não podemos cansar de revelar e denunciar. Além disso, o trabalho doméstico remunerado tem um feixe de relações que nos ajuda a compreender a realidade brasileira. São questões raciais, de gênero, de diferenças regionais que, uma vez não tratadas, são dimensionadas para uma análise hegemônica que esquece essas relações de poder e de exploração. Afinal, no Brasil, 92% dessas trabalhadoras é mulher e 67% é negra. Portanto, ao analisarmos as condições de trabalho de trabalhadoras domésticas em Sergipe, trouxemos cortes de análise que consideramos fundamentais para compreender a escravização contemporânea a partir dessas diferenças. Demonstrando que a ausência dessas análises leva a equívocos da política pública de enfrentamento à escravização.