A escrita de Marion Minerbo é inconfundível. Reconhecemos sua voz logo nas primeiras linhas de um texto, antes mesmo de sabê-la autora. Algo pouco frequente no meio psicanalítico, Marion fez do trânsito livre e rigoroso entre matrizes conceituais distintas e do permanente diálogo com o leitor sua marca registrada. Em A posteriori: um percurso, testemunhamos o processo de construção dessa voz autoral e as trilhas que constituíram sua identidade psicanalítica. Como indica o título, trata-se da história de um percurso, com trabalhos que perpassam mais de duas décadas de produção. Mas o entrecruzamento de temporalidades – antes, depois e agora – proporcionado pelo a posteriori de sua cuidadosa seleção, sequência e comentários iniciais, oferece a esses trabalhos novos vértices de leitura.
No itinerário dos capítulos, Marion demonstra como o psicanalista, ao “aprender a ler e a relativizar crenças teóricas”, “amplia os horizontes da clínica”, na medida em que nela também reconhece a presença de lógicas socioculturais inconscientes. Caminhos que apontam para a maturidade de um “pensamento clínico”, dentro ou fora da sessão de análise. Pois que o leitor, então, não se engane: esta não é simplesmente uma coletânea de artigos. É antes, nas palavras da própria autora, um memorial científico. Obra que vem reforçar o legado já fecundo de Marion Minerbo para a psicanálise brasileira.
A escrita de Marion Minerbo é inconfundível. Reconhecemos sua voz logo nas primeiras linhas de um texto, antes mesmo de sabê-la autora. Algo pouco frequente no meio psicanalítico, Marion fez do trânsito livre e rigoroso entre matrizes conceituais distintas e do permanente diálogo com o leitor sua marca registrada. Em A posteriori: um percurso, testemunhamos o processo de construção dessa voz autoral e as trilhas que constituíram sua identidade psicanalítica. Como indica o título, trata-se da história de um percurso, com trabalhos que perpassam mais de duas décadas de produção. Mas o entrecruzamento de temporalidades – antes, depois e agora – proporcionado pelo a posteriori de sua cuidadosa seleção, sequência e comentários iniciais, oferece a esses trabalhos novos vértices de leitura.
No itinerário dos capítulos, Marion demonstra como o psicanalista, ao “aprender a ler e a relativizar crenças teóricas”, “amplia os horizontes da clínica”, na medida em que nela também reconhece a presença de lógicas socioculturais inconscientes. Caminhos que apontam para a maturidade de um “pensamento clínico”, dentro ou fora da sessão de análise. Pois que o leitor, então, não se engane: esta não é simplesmente uma coletânea de artigos. É antes, nas palavras da própria autora, um memorial científico. Obra que vem reforçar o legado já fecundo de Marion Minerbo para a psicanálise brasileira.