Fruto de uma pesquisa de doutorado em teologia sobre o pensamento do teólogo galego Andrés Torres Queiruga, as páginas deste livro apresentam uma investigação sobre a revelação de Deus na história, enfatizando um repensar contínuo da percepção de Deus como condição para a realização humana. Apesar da sua incidência na vida cotidiana da Igreja, a questão da revelação para a teologia sistemática está longe de ter sido elucidada. A título de exemplo, nota-se a presença de uma alta dose de antropomorfismos em muitas locuções relativas à revelação e que produzem estranheza sobretudo às novas gerações. Esse “falar” de Deus, esse ter-se dirigido “oralmente” a algumas pessoas especiais do passado, é um dado tão próximo e recorrente na narrativa dos textos bíblicos que calou profundamente na consciência natural dos fiéis, de modo que, ainda hoje, parece ser até mesmo ameaçador o simples fato de colocá-lo em questão de forma crítica. Nesse sentido, como bem mostra esta obra, é tarefa da teologia contemporânea tentar compreender e explicar a revelação de Deus de forma a evidenciar que seu caráter divino não está em contradição com seu caráter histórico e humano, ou seja, se faz necessário enfatizar a unidade que há efetivamente entre a dimensão subjetiva e pessoal, e a dimensão objetiva e histórica da revelação.
Uma percepção do agir de Deus na história a partir do pensamento de Andrés Torres Queiruga
Fruto de uma pesquisa de doutorado em teologia sobre o pensamento do teólogo galego Andrés Torres Queiruga, as páginas deste livro apresentam uma investigação sobre a revelação de Deus na história, enfatizando um repensar contínuo da percepção de Deus como condição para a realização humana. Apesar da sua incidência na vida cotidiana da Igreja, a questão da revelação para a teologia sistemática está longe de ter sido elucidada. A título de exemplo, nota-se a presença de uma alta dose de antropomorfismos em muitas locuções relativas à revelação e que produzem estranheza sobretudo às novas gerações. Esse “falar” de Deus, esse ter-se dirigido “oralmente” a algumas pessoas especiais do passado, é um dado tão próximo e recorrente na narrativa dos textos bíblicos que calou profundamente na consciência natural dos fiéis, de modo que, ainda hoje, parece ser até mesmo ameaçador o simples fato de colocá-lo em questão de forma crítica. Nesse sentido, como bem mostra esta obra, é tarefa da teologia contemporânea tentar compreender e explicar a revelação de Deus de forma a evidenciar que seu caráter divino não está em contradição com seu caráter histórico e humano, ou seja, se faz necessário enfatizar a unidade que há efetivamente entre a dimensão subjetiva e pessoal, e a dimensão objetiva e histórica da revelação.