Sozinho no carro, o economista Otavio Espinhosa toma uma decisão radical:abdicar do sexo. O que parece piada se revela uma profunda crise pessoal: um casamento falido, problemas com o flho militante político, o fm humilhante de sua carreira acadêmica e a experiência sui generis de ter tentado enriquecer como guru de autoajuda. Também a carreira de Otavio parece estar em perigo: tudo indica que ele será demitido da empresa de investimentos onde trabalha. O leitor vai aos poucos destrinchando a investigação de um esquema no qual Otavio pode ou não estar envolvido, desenhando o panorama de um país em ruína econômica, cultural e moral.
No lugar da literatura ou flosofa que pautavam as obras anteriores de Tezza, é a matemática – esta “arte sem afetação”, que promete uma forma lógica
de pensar o mundo – que impulsiona as digressões de A tirania do amor. Otá-
vio, porém, logo perceberá que nem a racionalidade serve para domar a vida,
nem ele mesmo é tão racional quanto gostaria de acreditar.
Sozinho no carro, o economista Otavio Espinhosa toma uma decisão radical:abdicar do sexo. O que parece piada se revela uma profunda crise pessoal: um casamento falido, problemas com o flho militante político, o fm humilhante de sua carreira acadêmica e a experiência sui generis de ter tentado enriquecer como guru de autoajuda. Também a carreira de Otavio parece estar em perigo: tudo indica que ele será demitido da empresa de investimentos onde trabalha. O leitor vai aos poucos destrinchando a investigação de um esquema no qual Otavio pode ou não estar envolvido, desenhando o panorama de um país em ruína econômica, cultural e moral.
No lugar da literatura ou flosofa que pautavam as obras anteriores de Tezza, é a matemática – esta “arte sem afetação”, que promete uma forma lógica
de pensar o mundo – que impulsiona as digressões de A tirania do amor. Otá-
vio, porém, logo perceberá que nem a racionalidade serve para domar a vida,
nem ele mesmo é tão racional quanto gostaria de acreditar.