Por que a questa~o da rac¸a permeia grande parte do nosso universo moral e poli´tico? Por que um ciclo perpe´tuo de escravida~o — em todas as suas formas: poli´tica, intelectual e cultural — continua a definir a experie^ncia da negritude? E por que a viole^ncia contra os negros e´ um trac¸o predominante em todo o mundo? Essas sa~o apenas algumas das questo~es que este livro levanta.
Wilderson apresenta, nesta obra, as bases de um movimento intelectual — o afropessimismo — que ve^ a negritude pelo prisma da escravida~o perpe´tua. A partir de cla´ssicos da literatura, do cinema, da filosofia e da teoria cri´tica, ele mostra que a construc¸a~o social da escravida~o, vista pelas lentes da subjugac¸a~o dos negros, na~o e´ uma reli´quia do passado, mas um mecanismo que alimenta nossa civilizac¸a~o.
Sem a dina^mica senhor-negro escravizado, sustenta o autor, um dos pilares da civilizac¸a~o mundial iria a colapso. Mais do que qualquer outro grupo, os negros sera~o sempre vistos como escravos em relac¸a~o a` humanidade.
Afropessimismo fala ainda da infa^ncia do autor em Minneapolis e do racismo que ele sofre — seja na Califo´rnia dos anos 1960 ou durante o apartheid na A´frica do Sul, onde ele se junta a`s fileiras do Congresso Nacional Africano.
Este livro na~o apresenta soluc¸a~o para o o´dio que esta´ por toda parte, mas Wilderson acredita que reconhecer essas condic¸o~es histo´ricas e´ um gesto de autonomia em face de um mundo social essencialmente racializado.
Por que a questa~o da rac¸a permeia grande parte do nosso universo moral e poli´tico? Por que um ciclo perpe´tuo de escravida~o — em todas as suas formas: poli´tica, intelectual e cultural — continua a definir a experie^ncia da negritude? E por que a viole^ncia contra os negros e´ um trac¸o predominante em todo o mundo? Essas sa~o apenas algumas das questo~es que este livro levanta.
Wilderson apresenta, nesta obra, as bases de um movimento intelectual — o afropessimismo — que ve^ a negritude pelo prisma da escravida~o perpe´tua. A partir de cla´ssicos da literatura, do cinema, da filosofia e da teoria cri´tica, ele mostra que a construc¸a~o social da escravida~o, vista pelas lentes da subjugac¸a~o dos negros, na~o e´ uma reli´quia do passado, mas um mecanismo que alimenta nossa civilizac¸a~o.
Sem a dina^mica senhor-negro escravizado, sustenta o autor, um dos pilares da civilizac¸a~o mundial iria a colapso. Mais do que qualquer outro grupo, os negros sera~o sempre vistos como escravos em relac¸a~o a` humanidade.
Afropessimismo fala ainda da infa^ncia do autor em Minneapolis e do racismo que ele sofre — seja na Califo´rnia dos anos 1960 ou durante o apartheid na A´frica do Sul, onde ele se junta a`s fileiras do Congresso Nacional Africano.
Este livro na~o apresenta soluc¸a~o para o o´dio que esta´ por toda parte, mas Wilderson acredita que reconhecer essas condic¸o~es histo´ricas e´ um gesto de autonomia em face de um mundo social essencialmente racializado.