É da matéria corriqueira dos dias que Silviano Santiago tem extraído seus personagens. Em geral, e à primeira vista, são tipos envoltos pela macilência da rotina e pelas inquietudes da memória. Seres que experimentam o deslocamento e um sentimento de exílio muito peculiar. Mas, sobretudo, tipos que, no desdobrar do texto, desvelam identidades densas, entrecortadas por pontos obscuros e, por isso mesmo, tão valorosas do ponto de vista literário.
Anônimos reúne dez histórias – segundo o sumário, nove contos e “uma homenagem” a Guimarães Rosa. Entre seus personagens, um entregador de tecidos, uma supervisora de supermercado, um bancário, um órfão, um garçom aposentado, um revisor de jornal, uma atriz. O autor lança mão do ordinário como ponto de partida para uma perturbadora poética da experiência popular. Assim se perfilam os tipos que compõem mais este mosaico, pontuado por uma sagaz — e por vezes irônica — descrição de costumes tão brasileiros.
É da matéria corriqueira dos dias que Silviano Santiago tem extraído seus personagens. Em geral, e à primeira vista, são tipos envoltos pela macilência da rotina e pelas inquietudes da memória. Seres que experimentam o deslocamento e um sentimento de exílio muito peculiar. Mas, sobretudo, tipos que, no desdobrar do texto, desvelam identidades densas, entrecortadas por pontos obscuros e, por isso mesmo, tão valorosas do ponto de vista literário.
Anônimos reúne dez histórias – segundo o sumário, nove contos e “uma homenagem” a Guimarães Rosa. Entre seus personagens, um entregador de tecidos, uma supervisora de supermercado, um bancário, um órfão, um garçom aposentado, um revisor de jornal, uma atriz. O autor lança mão do ordinário como ponto de partida para uma perturbadora poética da experiência popular. Assim se perfilam os tipos que compõem mais este mosaico, pontuado por uma sagaz — e por vezes irônica — descrição de costumes tão brasileiros.