A personagem se chama Maria, sem sobrenome, apenas Maria, mais uma Maria como tantas outras que nos deparamos nos noticiários policiais vítimas de homens que, submetidos a leis elaboradas por outros homens, com frequência passam ao largo da justiça. Mas essa Maria recusa-se a morrer, recusa-se a ser enterrada antes que o marido, o homem que lhe deu dezesseis facadas "por amor", seja punido. O realismo mágico de José Osmar Pumes nos leva a acompanhar a personagem se desintegrando aos poucos pelas ruas à procura de paz e dignidade, sua luta pelas vias da justiça com seus mecanismos ainda ultrapassados e friamente desumanos numa metáfora inteligente, narrada com rara habilidade que nos escancara a fragilidade de uma sociedade em decomposição.
A personagem se chama Maria, sem sobrenome, apenas Maria, mais uma Maria como tantas outras que nos deparamos nos noticiários policiais vítimas de homens que, submetidos a leis elaboradas por outros homens, com frequência passam ao largo da justiça. Mas essa Maria recusa-se a morrer, recusa-se a ser enterrada antes que o marido, o homem que lhe deu dezesseis facadas "por amor", seja punido. O realismo mágico de José Osmar Pumes nos leva a acompanhar a personagem se desintegrando aos poucos pelas ruas à procura de paz e dignidade, sua luta pelas vias da justiça com seus mecanismos ainda ultrapassados e friamente desumanos numa metáfora inteligente, narrada com rara habilidade que nos escancara a fragilidade de uma sociedade em decomposição.