A obra Ateliê da Palavra Ayvu Rapyta lança um olhar sobre os mitos, cantos e relatos metafísicos presentes no clássico livro da etnologia americanista Ayvu Rapyta, de León Cadogan. A obra retoma os textos e as práticas guarani, inserindo-os nos contextos sociopolíticos e indigenistas de meados do século XX na América Latina. O cerne do livro é mostrar como a “metafísica da palavra mbya-guarani”, em processos de criação e tradução poéticos, imbrica-se na forma como León Cadogan concebe o ideal e a prática dos trabalhos antropológico e linguístico, a saber, o encontro tradutivo entre diferenças culturais cuja palavra final é partilhada e habita, em surpreendentes simetrizações das assimetrias impostas historicamente entre os saberes, no mínimo dois horizontes de modo concomitante: o “indígena” e o “branco”.
antropologia, metafísicas e traduções entre os Mbya (Guarani) e León Cadogan
A obra Ateliê da Palavra Ayvu Rapyta lança um olhar sobre os mitos, cantos e relatos metafísicos presentes no clássico livro da etnologia americanista Ayvu Rapyta, de León Cadogan. A obra retoma os textos e as práticas guarani, inserindo-os nos contextos sociopolíticos e indigenistas de meados do século XX na América Latina. O cerne do livro é mostrar como a “metafísica da palavra mbya-guarani”, em processos de criação e tradução poéticos, imbrica-se na forma como León Cadogan concebe o ideal e a prática dos trabalhos antropológico e linguístico, a saber, o encontro tradutivo entre diferenças culturais cuja palavra final é partilhada e habita, em surpreendentes simetrizações das assimetrias impostas historicamente entre os saberes, no mínimo dois horizontes de modo concomitante: o “indígena” e o “branco”.