No livro Belas artes o escritor argentino Luis Sagasti provoca uma reflexão sobre a ideia do texto enquanto tecido, operando não desde fora, em que a literatura, as artes, os muitos textos que se emaranham por esse mundo ficariam como objeto, mas desde dentro, em que é no próprio tecido narrativo que vamos sendo levados a atravessar as muitas fendas e brechas deixadas pelas histórias recolhidas pelo narrador, tal como um tecelão.
O autor capta com maestria o mundo em que vivemos, repleto de informação, material bruto que não forma nada se não for trabalhado – talhado, tecido, manuseado – por um ser humano atento e capaz de refletir.
Considerando a importância e qualidade do livro, bem como a proximidade geográfica com a Argentina, a Moinhos aposta nessa obra como mais uma forma de aproximação cultural entre os países; aproximação que só se torna possível com um intercâmbio real – incluindo traduções – das diversas (belas) artes de ambos países.
Fernando Miranda
No livro Belas artes o escritor argentino Luis Sagasti provoca uma reflexão sobre a ideia do texto enquanto tecido, operando não desde fora, em que a literatura, as artes, os muitos textos que se emaranham por esse mundo ficariam como objeto, mas desde dentro, em que é no próprio tecido narrativo que vamos sendo levados a atravessar as muitas fendas e brechas deixadas pelas histórias recolhidas pelo narrador, tal como um tecelão.
O autor capta com maestria o mundo em que vivemos, repleto de informação, material bruto que não forma nada se não for trabalhado – talhado, tecido, manuseado – por um ser humano atento e capaz de refletir.
Considerando a importância e qualidade do livro, bem como a proximidade geográfica com a Argentina, a Moinhos aposta nessa obra como mais uma forma de aproximação cultural entre os países; aproximação que só se torna possível com um intercâmbio real – incluindo traduções – das diversas (belas) artes de ambos países.
Fernando Miranda