Em uma reunião de 34 textos de palestras de Albert Camus, Conferências e discursos: 1937–1958 é uma excelente porta de entrada ao pensamento camusiano e uma introdução a um dos gênios filosóficos mais influentes do século XX.
Não há melhor forma de reconhecer a imagem que Albert Camus tinha de incansável, artífice das palavras e implacável do que em seus discursos. Além de gênio do pensamento filosófico e da escrita, Camus era mestre da oratória.
Conferências e discursos reúne 34 textos de palestras de Albert Camus realizadas entre 1937 e 1958, incluindo “O tempo dos assassinos” — preparado para ser apresentado em diversas cidades no Brasil em 1949. De uma palestra a outra, o autor argelino oferece um diagnóstico do que chama de “crise do homem”, esforçando-se para devolver a voz e a dignidade àqueles que foram privados delas ao longo de meio século pelas mais variadas formas de violência. Para ele, era a própria civilização que estava em jogo.
Camus erguia a voz pela liberdade e pelo respeito à humanidade, fosse pelo fim da Segunda Guerra Mundial, fosse pela revolução de sua amada Argélia. Em todos os casos, o autor de O estrangeiro sempre foi inclemente com ideias que desejavam subjugar pessoas a qualquer forma de ideologia.
Para Albert Camus, é trabalho da humanidade, de acordo com a capacidade de cada indivíduo, opor-se à infelicidade do mundo para diminuir o sofrimento que há nele. E o vencedor do Prêmio Nobel não poderia escapar desse dever e dessa honra. “Gosto mais dos homens engajados que das literaturas engajadas”, escreveu Albert Camus em seus Cadernos. “Ter coragem na vida e talento nas próprias obras já não é nada mal.”
1937–1958
Em uma reunião de 34 textos de palestras de Albert Camus, Conferências e discursos: 1937–1958 é uma excelente porta de entrada ao pensamento camusiano e uma introdução a um dos gênios filosóficos mais influentes do século XX.
Não há melhor forma de reconhecer a imagem que Albert Camus tinha de incansável, artífice das palavras e implacável do que em seus discursos. Além de gênio do pensamento filosófico e da escrita, Camus era mestre da oratória.
Conferências e discursos reúne 34 textos de palestras de Albert Camus realizadas entre 1937 e 1958, incluindo “O tempo dos assassinos” — preparado para ser apresentado em diversas cidades no Brasil em 1949. De uma palestra a outra, o autor argelino oferece um diagnóstico do que chama de “crise do homem”, esforçando-se para devolver a voz e a dignidade àqueles que foram privados delas ao longo de meio século pelas mais variadas formas de violência. Para ele, era a própria civilização que estava em jogo.
Camus erguia a voz pela liberdade e pelo respeito à humanidade, fosse pelo fim da Segunda Guerra Mundial, fosse pela revolução de sua amada Argélia. Em todos os casos, o autor de O estrangeiro sempre foi inclemente com ideias que desejavam subjugar pessoas a qualquer forma de ideologia.
Para Albert Camus, é trabalho da humanidade, de acordo com a capacidade de cada indivíduo, opor-se à infelicidade do mundo para diminuir o sofrimento que há nele. E o vencedor do Prêmio Nobel não poderia escapar desse dever e dessa honra. “Gosto mais dos homens engajados que das literaturas engajadas”, escreveu Albert Camus em seus Cadernos. “Ter coragem na vida e talento nas próprias obras já não é nada mal.”