A Educação é um lugar de encontros, e este livro resulta senão da minha experiência como docente da Pós-Graduação stricto sensu com estudantes e profissionais do direito que atravessaram a barreira das disciplinas acadêmicas para colocarem a si e à tarefa que desenvolvem em seu cotidiano os problemas da educação. O leitor não deve buscar neste texto uma delimitação precisa de temas de estudos que se articulam entre eles. Ao contrário disso, a experiência pedagógica da orientação acadêmica e a coragem para lidar com a alteridade foram os meios que intermediaram esta relação, por isso, os temas são convites que objetivam pôr em palavras as incompreensões do lugar do outro; e fazemos isso em cinco movimentos. De início, encontramos na relação intrínseca entre educação e direito ao longo da modernidade alguns elementos para compreender uma perspectiva da educação intercultural crítica nos tempos recentes. Em seguida, mostramos como alguns conflitos acadêmicos relacionados a questões identitárias se relacionam com o contexto de crise do modelo de racionalidade global intencionado pelo projeto sociocultural da modernidade. No terceiro momento, nos aventuramos a compreender as dificuldades de fazer educação em espaços de reclusão. No quarto, visualizamos como a linguagem da educação que se faz nas escolas de Direito se relaciona com o acesso ao Direito propriamente dito. Por fim, questionamos a ausência de uma formação pedagógica do profissional do Direito numa sociedade que tem o maior número de vagas ofertadas nesta área.
A Educação é um lugar de encontros, e este livro resulta senão da minha experiência como docente da Pós-Graduação stricto sensu com estudantes e profissionais do direito que atravessaram a barreira das disciplinas acadêmicas para colocarem a si e à tarefa que desenvolvem em seu cotidiano os problemas da educação. O leitor não deve buscar neste texto uma delimitação precisa de temas de estudos que se articulam entre eles. Ao contrário disso, a experiência pedagógica da orientação acadêmica e a coragem para lidar com a alteridade foram os meios que intermediaram esta relação, por isso, os temas são convites que objetivam pôr em palavras as incompreensões do lugar do outro; e fazemos isso em cinco movimentos. De início, encontramos na relação intrínseca entre educação e direito ao longo da modernidade alguns elementos para compreender uma perspectiva da educação intercultural crítica nos tempos recentes. Em seguida, mostramos como alguns conflitos acadêmicos relacionados a questões identitárias se relacionam com o contexto de crise do modelo de racionalidade global intencionado pelo projeto sociocultural da modernidade. No terceiro momento, nos aventuramos a compreender as dificuldades de fazer educação em espaços de reclusão. No quarto, visualizamos como a linguagem da educação que se faz nas escolas de Direito se relaciona com o acesso ao Direito propriamente dito. Por fim, questionamos a ausência de uma formação pedagógica do profissional do Direito numa sociedade que tem o maior número de vagas ofertadas nesta área.