Há crença na possibilidade de que Cristo possui duas essências: uma humana e outra divina; estas inseparáveis e coexistente simultaneamente, compreendendo que seu nascimento ocorreu duplamente, primeiramente vindo de Deus – portanto filho gerado de Deus – e, posteriormente, da Virgem. Pensando assim, que Deus, por ser um ser imaterial, ao tornar-se humano, teria adotado a forma de suas criaturas e, por isso, ao se tornar Jesus, teria Ele adotado a essência humana. Essas argumentações Adocionistas defendidas pelos líderes da Igreja Hispânica, o Bispo Félix de Urgel e o Primaz da Hispânia, o Arcebispo Elipando de Toledo, não foram bem vistas por outras Igrejas regionais. Esse conceito foi fonte de um dos maiores debates do século VIII, que envolveram várias Igrejas regionais, como o reino das Astúrias, o Império Carolíngio, os estados Papais e o Emirado de Córdova. Essa querela teve um intenso debate por meio de cartas sobre a ideia Adocionista ocorrida na Igreja Cristã Hispânica no século VIII, surgida a partir dos diálogos travados entre clérigos e nobres, que culminaram em vários concílios e um travamento entre quem determina o que seria herege ou o que seria dogma nas Igrejas. Deste modo, este livro relata sobre o debate desta questão dogmática debatida quando não havia unanimidade entre o corpo eclesiástico na Alta Idade Média, pois como dizia Beato de Liébana: “hereges são todos os filósofos, porque um homem rústico não pode ser chamado de herege”.
Controvérsias adocionistas na Igreja Hispânica (século VIII)I Prêmio PPGH-UFAL de Dissertações – Col
Há crença na possibilidade de que Cristo possui duas essências: uma humana e outra divina; estas inseparáveis e coexistente simultaneamente, compreendendo que seu nascimento ocorreu duplamente, primeiramente vindo de Deus – portanto filho gerado de Deus – e, posteriormente, da Virgem. Pensando assim, que Deus, por ser um ser imaterial, ao tornar-se humano, teria adotado a forma de suas criaturas e, por isso, ao se tornar Jesus, teria Ele adotado a essência humana. Essas argumentações Adocionistas defendidas pelos líderes da Igreja Hispânica, o Bispo Félix de Urgel e o Primaz da Hispânia, o Arcebispo Elipando de Toledo, não foram bem vistas por outras Igrejas regionais. Esse conceito foi fonte de um dos maiores debates do século VIII, que envolveram várias Igrejas regionais, como o reino das Astúrias, o Império Carolíngio, os estados Papais e o Emirado de Córdova. Essa querela teve um intenso debate por meio de cartas sobre a ideia Adocionista ocorrida na Igreja Cristã Hispânica no século VIII, surgida a partir dos diálogos travados entre clérigos e nobres, que culminaram em vários concílios e um travamento entre quem determina o que seria herege ou o que seria dogma nas Igrejas. Deste modo, este livro relata sobre o debate desta questão dogmática debatida quando não havia unanimidade entre o corpo eclesiástico na Alta Idade Média, pois como dizia Beato de Liébana: “hereges são todos os filósofos, porque um homem rústico não pode ser chamado de herege”.