Como tantos outros sobreviventes do Holocausto, Sylvia Perlmutter ficou em silêncio por muitos anos, tentando esquecer aquilo por que passou. Mas, aos poucos, com a chegada da velhice, as lembranças começaram a vir à tona; Sylvia sonhava com a guerra e se lembrava constantemente do sofrimento pelo qual havia passado. Era hora de contar a sua história.
E foi o que ela fez: falou e falou à sobrinha, Jennifer Roy, escritora experiente, que soube transformar essas conversas em um relato tocante e ao mesmo tempo delicado. Roy se utiliza da voz da própria Sylvia para narrar o dia a dia da família e a sua luta pela sobrevivência durante os seis anos de guerra. No começo, com apenas quatro anos, Sylvia nem ao menos entende o que se passa à sua volta. “Minha boneca é judia?”, ela se questiona. Seus pais decidem fugir para Varsóvia, mas não conseguem trabalho. Ao retornarem a Lodz, são obrigados a abandonar sua casa para viver em um apartamento bem pequeno, sem banheiro, com as duas filhas.
A partir daí, tudo passa a ser diferente: as meninas não podem ir à escola - a mais velha deve trabalhar, assim como os pais, e Sylvia fica em casa sozinha o dia todo -; é preciso reinventar as brincadeiras, já que não há mais brinquedos; comer o que os alemães permitem, e muitas vezes morrer de fome; se acostumar com as cores tristes do gueto e com alguns acontecimentos assustadores, como o dia em que Hava, a grande amiga de Sylvia, some sem deixar rastro.
As estações do ano se seguem e o plano de extermínio dos alemães se intensifica. Sylvia precisa passar as noites escondida em uma sepultura, no cemitério, e meses trancada com outras onze crianças pequenas, todas muito doentes, em um porão totalmente escuro e úmido. São “as crianças do porão”, as únicas sobreviventes do gueto. Quando os russos chegam, e Sylvia pensa em liberdade pela primeira vez, está a um dia de completar dez anos.
Dividido em quatro partes cronológicas, cada uma com uma introdução sobre os acontecimentos históricos do período, Estrela amarela é um relato íntimo e tocante, feito a partir dos olhos dessa menininha, que mais de uma vez escapa da morte apenas com a ajuda do acaso.
Como tantos outros sobreviventes do Holocausto, Sylvia Perlmutter ficou em silêncio por muitos anos, tentando esquecer aquilo por que passou. Mas, aos poucos, com a chegada da velhice, as lembranças começaram a vir à tona; Sylvia sonhava com a guerra e se lembrava constantemente do sofrimento pelo qual havia passado. Era hora de contar a sua história.
E foi o que ela fez: falou e falou à sobrinha, Jennifer Roy, escritora experiente, que soube transformar essas conversas em um relato tocante e ao mesmo tempo delicado. Roy se utiliza da voz da própria Sylvia para narrar o dia a dia da família e a sua luta pela sobrevivência durante os seis anos de guerra. No começo, com apenas quatro anos, Sylvia nem ao menos entende o que se passa à sua volta. “Minha boneca é judia?”, ela se questiona. Seus pais decidem fugir para Varsóvia, mas não conseguem trabalho. Ao retornarem a Lodz, são obrigados a abandonar sua casa para viver em um apartamento bem pequeno, sem banheiro, com as duas filhas.
A partir daí, tudo passa a ser diferente: as meninas não podem ir à escola - a mais velha deve trabalhar, assim como os pais, e Sylvia fica em casa sozinha o dia todo -; é preciso reinventar as brincadeiras, já que não há mais brinquedos; comer o que os alemães permitem, e muitas vezes morrer de fome; se acostumar com as cores tristes do gueto e com alguns acontecimentos assustadores, como o dia em que Hava, a grande amiga de Sylvia, some sem deixar rastro.
As estações do ano se seguem e o plano de extermínio dos alemães se intensifica. Sylvia precisa passar as noites escondida em uma sepultura, no cemitério, e meses trancada com outras onze crianças pequenas, todas muito doentes, em um porão totalmente escuro e úmido. São “as crianças do porão”, as únicas sobreviventes do gueto. Quando os russos chegam, e Sylvia pensa em liberdade pela primeira vez, está a um dia de completar dez anos.
Dividido em quatro partes cronológicas, cada uma com uma introdução sobre os acontecimentos históricos do período, Estrela amarela é um relato íntimo e tocante, feito a partir dos olhos dessa menininha, que mais de uma vez escapa da morte apenas com a ajuda do acaso.