Este livro trata das medidas adotadas pela Coroa portuguesa para a defesa da capitania do Pará durante o reinado de D. João V (1707-1750). Insere- se, sobretudo, na análise da problemática em torno da manutenção e provimento de tropas necessárias para a efetiva defesa do território. A partir de um estudo sistemático de diversas fontes afirma-se que do ponto de vista das forças legais - companhias de ordenanças, regulares e auxiliares - o sistema defensivo da capitania foi frágil durante toda a primeira metade do século XVIII. Em decorrência desse quadro, esta obra desloca o eixo interpretativo dos estudos de defesa das balizas restritas à militarização e argumenta que a atuação e participação indígena nas atividades militares qualificaram a tropa lusa e garantiram a defesa e a expansão da fronteira colonial na capitania do Pará. Nesse processo, complexas redes de mobilização de gente para a defesa constituíram-se. Essa gente de guerra, na fronteira e no sertão, desenhou nesta parte da conquista um sistema defensivo particular, que só se explica pelas conexões e relações estabelecidas entre militares e índios, na experiência de defesa do Pará colonial.
Este livro trata das medidas adotadas pela Coroa portuguesa para a defesa da capitania do Pará durante o reinado de D. João V (1707-1750). Insere- se, sobretudo, na análise da problemática em torno da manutenção e provimento de tropas necessárias para a efetiva defesa do território. A partir de um estudo sistemático de diversas fontes afirma-se que do ponto de vista das forças legais - companhias de ordenanças, regulares e auxiliares - o sistema defensivo da capitania foi frágil durante toda a primeira metade do século XVIII. Em decorrência desse quadro, esta obra desloca o eixo interpretativo dos estudos de defesa das balizas restritas à militarização e argumenta que a atuação e participação indígena nas atividades militares qualificaram a tropa lusa e garantiram a defesa e a expansão da fronteira colonial na capitania do Pará. Nesse processo, complexas redes de mobilização de gente para a defesa constituíram-se. Essa gente de guerra, na fronteira e no sertão, desenhou nesta parte da conquista um sistema defensivo particular, que só se explica pelas conexões e relações estabelecidas entre militares e índios, na experiência de defesa do Pará colonial.