Voltada para o público adolescente, a coletânea organizada pela jornalista Rosa Amanda Strausz enfatiza o poder que tem a imaginação, em textos literários, de mergulhar no desconhecido.
Assim, nos seis contos reunidos em Histórias de mistério, os personagens parecem presos a papéis trágicos: presos ao destino em cuja direção os fatos avançam inexoravelmente. Só que a força que os empurra não vem de fora, não decorre da decisão arbitrária de uma divindade todo-poderosa. Ela nasce de acontecimentos que vitimaram os próprios protagonistas: basicamente, de situações de perda. Perda de pessoas amadas, perda da segurança da família, perda de um sonho querido. Em Fagundes Telles, a mais terrível de todas as perdas é a perda do amor. Para a autora, o fim do amor abre uma fissura na realidade por onde se introduzem as forças às vezes terríveis que nos habitam e que não conhecemos plenamente. Elas desencadeiam fatos que roçam o extraordinário, o inexplicável, fatos que introduzem novos estágios na vida de seus atores e que por isso podem ser vistos como ocasiões de amadurecimento: diante da dor e da perda, é preciso reorganizar-se para prosseguir.
Voltada para o público adolescente, a coletânea organizada pela jornalista Rosa Amanda Strausz enfatiza o poder que tem a imaginação, em textos literários, de mergulhar no desconhecido.
Assim, nos seis contos reunidos em Histórias de mistério, os personagens parecem presos a papéis trágicos: presos ao destino em cuja direção os fatos avançam inexoravelmente. Só que a força que os empurra não vem de fora, não decorre da decisão arbitrária de uma divindade todo-poderosa. Ela nasce de acontecimentos que vitimaram os próprios protagonistas: basicamente, de situações de perda. Perda de pessoas amadas, perda da segurança da família, perda de um sonho querido. Em Fagundes Telles, a mais terrível de todas as perdas é a perda do amor. Para a autora, o fim do amor abre uma fissura na realidade por onde se introduzem as forças às vezes terríveis que nos habitam e que não conhecemos plenamente. Elas desencadeiam fatos que roçam o extraordinário, o inexplicável, fatos que introduzem novos estágios na vida de seus atores e que por isso podem ser vistos como ocasiões de amadurecimento: diante da dor e da perda, é preciso reorganizar-se para prosseguir.