Há pouco mais de um século, 13 de março de 1901, tragicamente, ocorreu o desfecho da Missão Capuchinha entre os Tenetehara-Guajajara, conhecida como São José da Providência ou Alto Alegre. Rapidamente, a imprensa, órgãos oficiais e, sobretudo, a Igreja Católica e os não indígenas da região propagaram o termo pelo qual o funesto fato ficaria conhecido: “Massacre de Alto Alegre”. Juntamente com esse epíteto, foram sendo construídos diversos lugares de memória associados a essa representação do fato e responsáveis por consolidar uma visão que culpabiliza aqueles indígenas, que permanecem, em geral, silenciados a respeito daquele confronto. Neste livro, o autor, através de uma pesquisa com base em História Oral e Memória, propõe uma reflexão a respeito de como se originou e cristalizou tal memória tradicional e que ela seja debatida como temática, a partir de outras possibilidades de representação e entendimento, inclusive com a denominação sendo modificada, para “Conflito de Alto Alegre”. Ao leitor, pode-se acrescentar que a obra lança luz acerca de questões sensíveis de história regional, sobretudo relacionada à história do sertão e indígena. - Prof.ª Me. Aretusa Brito Ribeiro Penha Everton
Há pouco mais de um século, 13 de março de 1901, tragicamente, ocorreu o desfecho da Missão Capuchinha entre os Tenetehara-Guajajara, conhecida como São José da Providência ou Alto Alegre. Rapidamente, a imprensa, órgãos oficiais e, sobretudo, a Igreja Católica e os não indígenas da região propagaram o termo pelo qual o funesto fato ficaria conhecido: “Massacre de Alto Alegre”. Juntamente com esse epíteto, foram sendo construídos diversos lugares de memória associados a essa representação do fato e responsáveis por consolidar uma visão que culpabiliza aqueles indígenas, que permanecem, em geral, silenciados a respeito daquele confronto. Neste livro, o autor, através de uma pesquisa com base em História Oral e Memória, propõe uma reflexão a respeito de como se originou e cristalizou tal memória tradicional e que ela seja debatida como temática, a partir de outras possibilidades de representação e entendimento, inclusive com a denominação sendo modificada, para “Conflito de Alto Alegre”. Ao leitor, pode-se acrescentar que a obra lança luz acerca de questões sensíveis de história regional, sobretudo relacionada à história do sertão e indígena. - Prof.ª Me. Aretusa Brito Ribeiro Penha Everton