As chamadas “cartas de João” nos colocam em contato com um momento crítico das comunidades cuja trajetória havia feito brotar o Evangelho segundo João. Esse escrito estava sendo a inspiração para o testemunho que elas eram desafiadas a dar em meio a situações muito desafiadoras diante dos poderes do mundo, num caminho radical e diferente daqueles trilhados por outros grupos seguidores de Jesus. Mas agora novos problemas apareciam, no interior dessas comunidades “joaninas”, que estavam levando à ruptura dos laços mais básicos da fraternidade e comprometendo a própria sobrevivência delas. As cartas são escritas justamente por causa desta situação: quem as escreveu se apresenta com a autoridade de quem está ligado às memórias iniciais do caminho dessas comunidades, alerta contra os perigos que ele identifica num entendimento a respeito de Jesus e da vida de fé que ele considera equivocado. Suas palavras duras contra os que não aderem a seu pensamento são acompanhadas de outras, densas e profundas, sobre a radicalidade do amor: do amor que Deus é e que precisa ser a inspiração de todo agir na comunidade. Não perder de vista o mandamento antigo e sempre novo é condição para que ele tenha razão de existir e apontar a possibilidade de outros caminhos para a vida das pessoas.
As chamadas “cartas de João” nos colocam em contato com um momento crítico das comunidades cuja trajetória havia feito brotar o Evangelho segundo João. Esse escrito estava sendo a inspiração para o testemunho que elas eram desafiadas a dar em meio a situações muito desafiadoras diante dos poderes do mundo, num caminho radical e diferente daqueles trilhados por outros grupos seguidores de Jesus. Mas agora novos problemas apareciam, no interior dessas comunidades “joaninas”, que estavam levando à ruptura dos laços mais básicos da fraternidade e comprometendo a própria sobrevivência delas. As cartas são escritas justamente por causa desta situação: quem as escreveu se apresenta com a autoridade de quem está ligado às memórias iniciais do caminho dessas comunidades, alerta contra os perigos que ele identifica num entendimento a respeito de Jesus e da vida de fé que ele considera equivocado. Suas palavras duras contra os que não aderem a seu pensamento são acompanhadas de outras, densas e profundas, sobre a radicalidade do amor: do amor que Deus é e que precisa ser a inspiração de todo agir na comunidade. Não perder de vista o mandamento antigo e sempre novo é condição para que ele tenha razão de existir e apontar a possibilidade de outros caminhos para a vida das pessoas.