Um relato vivo e contundente de um dos períodos mais efervescentes da arte moderna russa.
Entre o final do século XIX e o começo do século XX a Rússia foi palco de experimentos e realizações de vanguarda em todos os campos da arte, numa efervescência que estabeleceu princípios e diretrizes de longa duração, inspirando, por exemplo, a poesia concreta brasileira. O arqueiro de olho-e-meio (1933), traduzido pela primeira vez no Brasil, é um rico retrato dessa cena artística, narrado por Benedikt Lívchits (1886-1939) como uma reportagem da qual o autor é personagem ativo. Poeta, tal qual seus amigos Vladímir Maiakóvski e Velímir Khlébnikov, Lívchits não sobreviveu à moenda da história por sua obra em versos, mas por esse livro, que ganhou com o tempo o status de referência quando se trata de entender quais eram e o que pregavam os diversos grupos vanguardistas nas duas primeiras décadas do século XX.
Como observa Bruno Barretto Gomide, tradutor e autor da apresentação de O arqueiro de olho-e-meio, ter sido contemporâneo desses nomes cardeais foi uma sorte e um azar para Lívchits. Sorte por ter convivido e compreendido tão profundamente a história que descreve; azar por ter ficado obscurecido pelos gênios. “Há um grupo tão grande de inovadores radicais, de escritores fabulosos [nesse período], que os ‘menos incríveis’ acabam ficando na sombra daqueles de maior nomeada”, escreve Gomide.
A classificação habitual de poeta cubofuturista aplicada a Lívchits é um indício dos amálgamas vanguardistas que ganhavam terreno na cultura russa. Pelo livro desfilam, além de cubistas e futuristas, uma série de movimentos e eventos que são apresentados na edição num glossário que precede o texto das memórias propriamente ditas. Se já não fosse valioso como documento, O arqueiro de olho-e-meio – título que não convém explicar antes da leitura do livro – traz momentos de grande beleza. Lívchits estava diante de figuras geniais, e sabia entendê-las como ninguém.
O livro tem encadernação em capa dura texturizada e acompanha marcador. A edição traz 23 reproduções de obras de arte em impressão colorida, além de fotografias. A tiragem é restrita a 1.000 exemplares, numerados a mão.
Um relato vivo e contundente de um dos períodos mais efervescentes da arte moderna russa.
Entre o final do século XIX e o começo do século XX a Rússia foi palco de experimentos e realizações de vanguarda em todos os campos da arte, numa efervescência que estabeleceu princípios e diretrizes de longa duração, inspirando, por exemplo, a poesia concreta brasileira. O arqueiro de olho-e-meio (1933), traduzido pela primeira vez no Brasil, é um rico retrato dessa cena artística, narrado por Benedikt Lívchits (1886-1939) como uma reportagem da qual o autor é personagem ativo. Poeta, tal qual seus amigos Vladímir Maiakóvski e Velímir Khlébnikov, Lívchits não sobreviveu à moenda da história por sua obra em versos, mas por esse livro, que ganhou com o tempo o status de referência quando se trata de entender quais eram e o que pregavam os diversos grupos vanguardistas nas duas primeiras décadas do século XX.
Como observa Bruno Barretto Gomide, tradutor e autor da apresentação de O arqueiro de olho-e-meio, ter sido contemporâneo desses nomes cardeais foi uma sorte e um azar para Lívchits. Sorte por ter convivido e compreendido tão profundamente a história que descreve; azar por ter ficado obscurecido pelos gênios. “Há um grupo tão grande de inovadores radicais, de escritores fabulosos [nesse período], que os ‘menos incríveis’ acabam ficando na sombra daqueles de maior nomeada”, escreve Gomide.
A classificação habitual de poeta cubofuturista aplicada a Lívchits é um indício dos amálgamas vanguardistas que ganhavam terreno na cultura russa. Pelo livro desfilam, além de cubistas e futuristas, uma série de movimentos e eventos que são apresentados na edição num glossário que precede o texto das memórias propriamente ditas. Se já não fosse valioso como documento, O arqueiro de olho-e-meio – título que não convém explicar antes da leitura do livro – traz momentos de grande beleza. Lívchits estava diante de figuras geniais, e sabia entendê-las como ninguém.
O livro tem encadernação em capa dura texturizada e acompanha marcador. A edição traz 23 reproduções de obras de arte em impressão colorida, além de fotografias. A tiragem é restrita a 1.000 exemplares, numerados a mão.