Registramos nossa vida a todo instante. O incalculável acúmulo de dados pessoais, coletados de forma minuciosa a partir de recursos tecnológicos variados, transformam uma geração em produto de mercado. Desde os sensores embutidos nas câmeras instaladas em metrôs, passando pelas escutas inseridas em brinquedos infantis, celulares e smart TVs, chegando até mesmo ao acesso de dados captados por dispositivos marca-passo, é certo que a tecnologia espraiou suas raias pelo anfêmero, transformando nossas intimidades em matéria-prima substancial para a formulação das técnicas de marketing. A questionável expressão desse capitalismo de vigilância, a nova face do “big brother” de Orwell, exigirá, do sistema jurídico e político, respostas que superem a mera criação de estruturas de comando e controle, de normas proibitivas, devendo dialogar diretamente com a nova realidade de hiperconexão e com os anseios de uma sociedade disposta a abandonar, sobremaneira, a proteção dos seus dados pessoais.
Mercantilização da privacidade e desafios à regulação
Registramos nossa vida a todo instante. O incalculável acúmulo de dados pessoais, coletados de forma minuciosa a partir de recursos tecnológicos variados, transformam uma geração em produto de mercado. Desde os sensores embutidos nas câmeras instaladas em metrôs, passando pelas escutas inseridas em brinquedos infantis, celulares e smart TVs, chegando até mesmo ao acesso de dados captados por dispositivos marca-passo, é certo que a tecnologia espraiou suas raias pelo anfêmero, transformando nossas intimidades em matéria-prima substancial para a formulação das técnicas de marketing. A questionável expressão desse capitalismo de vigilância, a nova face do “big brother” de Orwell, exigirá, do sistema jurídico e político, respostas que superem a mera criação de estruturas de comando e controle, de normas proibitivas, devendo dialogar diretamente com a nova realidade de hiperconexão e com os anseios de uma sociedade disposta a abandonar, sobremaneira, a proteção dos seus dados pessoais.