Clare está “passando-se”: leva a vida de uma branca, embora seja, na dicotomia racial norte-americana, uma negra. Com a pela clara, linda e ambiciosa, casou-se por interesse com um rico homem branco, racista, que não sabe da origem afroamericana da esposa. Sua amiga de infância, Irene, também negra de pele clara, escolheu permanecer na sociedade negra e é casada com um médico, também negro, que sonha em mudar-se para o Brasil (que, ele acredita, seria uma democracia social). Irene sente ao mesmo tempo repulsa e fascínio por Clare, por sua beleza e ousadia de “passar-se” por branca. Quando, por intermédio de Irene, Clare se aproxima da festiva elite intelectual do Harlem e quer resgatar sua identidade negra, a tensão, racial e sexual, entre elas vai crescendo até o fatídico final. Um romance avançado e contestador, hoje reconhecido como marco do “colorismo negro”, por uma das maiores escritoras negras do século 20.
Clare está “passando-se”: leva a vida de uma branca, embora seja, na dicotomia racial norte-americana, uma negra. Com a pela clara, linda e ambiciosa, casou-se por interesse com um rico homem branco, racista, que não sabe da origem afroamericana da esposa. Sua amiga de infância, Irene, também negra de pele clara, escolheu permanecer na sociedade negra e é casada com um médico, também negro, que sonha em mudar-se para o Brasil (que, ele acredita, seria uma democracia social). Irene sente ao mesmo tempo repulsa e fascínio por Clare, por sua beleza e ousadia de “passar-se” por branca. Quando, por intermédio de Irene, Clare se aproxima da festiva elite intelectual do Harlem e quer resgatar sua identidade negra, a tensão, racial e sexual, entre elas vai crescendo até o fatídico final. Um romance avançado e contestador, hoje reconhecido como marco do “colorismo negro”, por uma das maiores escritoras negras do século 20.