As palavras lhe desciam pelas ma~os, deslizavam do pa´ssaro sobre a superfi´cie do papel. O livro foi concebido assim, ela me disse, como se uma impressa~o do espi´rito capturasse a escrita em pleno voo, no decli´nio de uma altura em pouso. O pa´ssaro era o esforc¸o nascente na espessura da pena, entre a batida das asas e o deslize no ar, entre o giro do punho e a inclinac¸a~o caligra´fica da autora. A pena de Ruth Silviano Branda~o trac¸ou a o´rbita do Pa´ssaro em voo. Em sua plena liberdade ou na impossi´vel prisa~o, a pena atravessa o azul infinito do poema nuvem em versos rarefeitos.
As palavras lhe desciam pelas ma~os, deslizavam do pa´ssaro sobre a superfi´cie do papel. O livro foi concebido assim, ela me disse, como se uma impressa~o do espi´rito capturasse a escrita em pleno voo, no decli´nio de uma altura em pouso. O pa´ssaro era o esforc¸o nascente na espessura da pena, entre a batida das asas e o deslize no ar, entre o giro do punho e a inclinac¸a~o caligra´fica da autora. A pena de Ruth Silviano Branda~o trac¸ou a o´rbita do Pa´ssaro em voo. Em sua plena liberdade ou na impossi´vel prisa~o, a pena atravessa o azul infinito do poema nuvem em versos rarefeitos.