Fé é questão de conteúdo doutrinal, de movimento vital. Para Agostinho de Hipona, sem essa segunda dimensão, a primeira não tem frutos; sem aquela primeira, a segunda pode não se realizar integralmente. E por ser vital, a fé é realidade que se comunica, pelas palavras e pelo próprio modo de viver. Assim, a fé cristã, fundada no evento Cristo e na história da salvação, é descoberta do alcance dos fatos desse evento e dessa história. Nessa dinâmica, o Símbolo, ou Credo, não é somente um índice de doutrina ortodoxa. Sua recitação é um lançar-se como sujeito em ato de autoentrega (eu creio), para aprender de Deus o amor, a disciplina que se ensina na Igreja para estender-se pela vida toda. Por isso a necessidade de examinar-se para saber se se ama a si mesmo de modo justo, e para, também justamente, amar o próximo e a Deus, já que é possível amar equivocadamente. Aqui inclui-se ainda a relação com o corpo, que não é mau; pelo contrário, Agostinho afirma sua bondade. Não é o corpo que peca, e sim a alma. É preciso, então, atenção às inclinações da vontade, do coração, e recorrer à graça divina para que a vontade e as intenções sejam retas, e a fé se expanda no quotidiano. Todos esses elementos encontram-se nas obras agostinianas que o leitor tem em mãos.
Fé é questão de conteúdo doutrinal, de movimento vital. Para Agostinho de Hipona, sem essa segunda dimensão, a primeira não tem frutos; sem aquela primeira, a segunda pode não se realizar integralmente. E por ser vital, a fé é realidade que se comunica, pelas palavras e pelo próprio modo de viver. Assim, a fé cristã, fundada no evento Cristo e na história da salvação, é descoberta do alcance dos fatos desse evento e dessa história. Nessa dinâmica, o Símbolo, ou Credo, não é somente um índice de doutrina ortodoxa. Sua recitação é um lançar-se como sujeito em ato de autoentrega (eu creio), para aprender de Deus o amor, a disciplina que se ensina na Igreja para estender-se pela vida toda. Por isso a necessidade de examinar-se para saber se se ama a si mesmo de modo justo, e para, também justamente, amar o próximo e a Deus, já que é possível amar equivocadamente. Aqui inclui-se ainda a relação com o corpo, que não é mau; pelo contrário, Agostinho afirma sua bondade. Não é o corpo que peca, e sim a alma. É preciso, então, atenção às inclinações da vontade, do coração, e recorrer à graça divina para que a vontade e as intenções sejam retas, e a fé se expanda no quotidiano. Todos esses elementos encontram-se nas obras agostinianas que o leitor tem em mãos.