"Em tempos nos quais os historiadores, cada vez mais, descobrem que há sim uma poética da história, escrever a história na forma de poesia não significa exatamente promover um reencontro, mas pode fazer pensar no potencial perdido quando esquecemos a riqueza e a multiplicidade das formas pelas quais podemos conferir sentido ao que já passou. Se imaginação, sensibilidade, sentimento e criação não são palavras estranhas ao historiador, elas certamente ganham outra roupagem nos poemas.Poderíamos perguntar: os historiadores não deveriam se inspirar na criatividade e meticulosidade do poeta, escolhendo com desvelo as palavras, dotando de precisão a forma de sua escrita e buscando conferir um sentido penetrante à sua história? Com seus belos poemas, Denilson de Cássio Silva demonstra não apenas que é já poeta, por ser historiador, mas que também é poeta por conseguir mover-se com delicadeza e sensibilidade por esse outro gênero, costurando sua poesia, que atravessa séculos, com uma pergunta-síntese: qual o lugar dos direitos humanos nessa longuíssima experiência histórica?" Douglas Attila Marcelino UFMG
Poemas
"Em tempos nos quais os historiadores, cada vez mais, descobrem que há sim uma poética da história, escrever a história na forma de poesia não significa exatamente promover um reencontro, mas pode fazer pensar no potencial perdido quando esquecemos a riqueza e a multiplicidade das formas pelas quais podemos conferir sentido ao que já passou. Se imaginação, sensibilidade, sentimento e criação não são palavras estranhas ao historiador, elas certamente ganham outra roupagem nos poemas.Poderíamos perguntar: os historiadores não deveriam se inspirar na criatividade e meticulosidade do poeta, escolhendo com desvelo as palavras, dotando de precisão a forma de sua escrita e buscando conferir um sentido penetrante à sua história? Com seus belos poemas, Denilson de Cássio Silva demonstra não apenas que é já poeta, por ser historiador, mas que também é poeta por conseguir mover-se com delicadeza e sensibilidade por esse outro gênero, costurando sua poesia, que atravessa séculos, com uma pergunta-síntese: qual o lugar dos direitos humanos nessa longuíssima experiência histórica?" Douglas Attila Marcelino UFMG