Crescer mulher, para algumas de nós, representa enfrentar obstáculos em dobro. É um período marcado por expectativas irreais, desejos de perfeição e luta por igualdade e autoconhecimento. Só que, não raras vezes, é preciso amadurecer carregando o peso de um trauma ainda não mensurado, como o de um estupro. Em 2020, ano da covid-19, Ariel não reconhece mais o próprio reflexo no espelho. O que eram um corpo e uma mente frágeis tornam-se ruínas sob o peso da quarentena. O trauma da adolescência ajuda a desencadear um transtorno bipolar na vida adulta e é em meio a reflexões, uma tentativa de suicídio e um afastamento do mundo que ela vai reunindo o acervo de um museu particular que reúne todas as suas dores. Peça a peça em exposição nas paredes, Ariel vai reaprendendo a dar os próprios passos, sem saber se pode confiar novamente sua vida a si mesma.
Crescer mulher, para algumas de nós, representa enfrentar obstáculos em dobro. É um período marcado por expectativas irreais, desejos de perfeição e luta por igualdade e autoconhecimento. Só que, não raras vezes, é preciso amadurecer carregando o peso de um trauma ainda não mensurado, como o de um estupro. Em 2020, ano da covid-19, Ariel não reconhece mais o próprio reflexo no espelho. O que eram um corpo e uma mente frágeis tornam-se ruínas sob o peso da quarentena. O trauma da adolescência ajuda a desencadear um transtorno bipolar na vida adulta e é em meio a reflexões, uma tentativa de suicídio e um afastamento do mundo que ela vai reunindo o acervo de um museu particular que reúne todas as suas dores. Peça a peça em exposição nas paredes, Ariel vai reaprendendo a dar os próprios passos, sem saber se pode confiar novamente sua vida a si mesma.