Os contos reunidos neste pequeno volume estão entre os melhores escritos pela consagrada pintora e escultora inglesa Leonora Carrington, que viveu em vários países e escreveu em pelo menos três línguas distintas (inglês, francês e espanhol), sempre explorando o insólito da condição humana graças à imaginação surrealista que a consagrou internacionalmente e da qual nunca abriu mão.
O sonho, o delírio e o conto de fadas são alguns dos ingredientes mais importantes destes textos só agora traduzidos para o português, os quais foram, em boa parte, recuperados em suas versões originais ao longo de um exaustivo trabalho de pesquisa na França e no México, onde a artista residiu até o final da vida, depois que para lá emigrou fugindo dos horrores da Segunda Guerra Mundial.
A vegetação ao luar expõe seus braços vivos, enquanto uma mulher alienada parece possuir asas... Essas metamorfoses são frequentes no universo de Leonora Carrington, no qual, no entanto, a magia não suaviza a raiva e o sofrimento dos protagonistas (quase todos femininos), fato que só acentua a angústia de vidas que não se encaixam de jeito nenhum nos padrões de comportamento ditos normais: “Jemima começou a correr pelo imenso castelo e logo ficou perdida em um labirinto de quartos parecidos com enormes caixões”.
A sombra aterrorizadora da morte, como se percebe, é um tema muito concreto na literatura desta surpreendente escritora, que chega ao Brasil quando o seu legado artístico começa a ser reavaliado em todo o mundo, fato que tem ensejado novas edições de seus textos.
Sérgio Medeiros
Leonora Carrigton (1917-2011) É uma escritora e artista plástica inglesa que fez parte do movimento surrealista, atuando na Europa e depois no México, onde se radicou. Deixou uma extensa obra que inclui pinturas, esculturas, contos, peças teatrais e romances. Obras suas estão expostas no México em ruas e museus, além de em museus importantes ao redor do mundo como o MoMA, em Nova York.
Arlindo Machado
e outras histórias
Os contos reunidos neste pequeno volume estão entre os melhores escritos pela consagrada pintora e escultora inglesa Leonora Carrington, que viveu em vários países e escreveu em pelo menos três línguas distintas (inglês, francês e espanhol), sempre explorando o insólito da condição humana graças à imaginação surrealista que a consagrou internacionalmente e da qual nunca abriu mão.
O sonho, o delírio e o conto de fadas são alguns dos ingredientes mais importantes destes textos só agora traduzidos para o português, os quais foram, em boa parte, recuperados em suas versões originais ao longo de um exaustivo trabalho de pesquisa na França e no México, onde a artista residiu até o final da vida, depois que para lá emigrou fugindo dos horrores da Segunda Guerra Mundial.
A vegetação ao luar expõe seus braços vivos, enquanto uma mulher alienada parece possuir asas... Essas metamorfoses são frequentes no universo de Leonora Carrington, no qual, no entanto, a magia não suaviza a raiva e o sofrimento dos protagonistas (quase todos femininos), fato que só acentua a angústia de vidas que não se encaixam de jeito nenhum nos padrões de comportamento ditos normais: “Jemima começou a correr pelo imenso castelo e logo ficou perdida em um labirinto de quartos parecidos com enormes caixões”.
A sombra aterrorizadora da morte, como se percebe, é um tema muito concreto na literatura desta surpreendente escritora, que chega ao Brasil quando o seu legado artístico começa a ser reavaliado em todo o mundo, fato que tem ensejado novas edições de seus textos.
Sérgio Medeiros
Leonora Carrigton (1917-2011) É uma escritora e artista plástica inglesa que fez parte do movimento surrealista, atuando na Europa e depois no México, onde se radicou. Deixou uma extensa obra que inclui pinturas, esculturas, contos, peças teatrais e romances. Obras suas estão expostas no México em ruas e museus, além de em museus importantes ao redor do mundo como o MoMA, em Nova York.
Arlindo Machado