Em Yuxin, Ana Miranda inventa o mundo possível de uma jovem índia - uma "outra" brasileira. A pergunta inicial da autora é: como pensa essa moça?, para logo indagar-se o que pensa essa moça?
A ação do livro decorre em 1919, no interior das matas densas do Acre. Ao mesmo tempo em que experimenta os conflitos de seu próprio cotidiano, a protagonista vive na fronteira de um mundo externo assustador, que assedia sua cultura com padres catequizadores e brancos interessados nos ganhos que podem ser obtidos com a exploração da floresta - de que fazem parte, como elemento natural, os índios com sua cultura.
Ao falar da indiazinha Yuxin, Ana Miranda fala também de yuxin - substantivo de sentido complexo que se pode traduzir como "alma". Por meio da linguagem-alma da indiazinha, a escritora fala da alma da floresta, cheia dos ecos das vozes dos bichos e dos rumores da natureza.
Em suas obras, Ana Miranda costuma buscar a linguagem mais íntima de seu personagem para utilizá-la como material de construção da prosa daquela obra específica. Caberá a esse personagem a função de desvendar o mundo em que vive e os fatos que lhe sucedem. E é essa linguagem colada à identidade do personagem que revelará o sentido do que se passa no romance. Assim foi em Amrik, Desmundo, Noturnos...
Com sua literatura inovadora, Ana Miranda é uma das principais escritoras brasileiras contemporâneas.
A compositora, pesquisadora e intérprete Marlui Miranda traduziu Yuxin em música em seu cd YUXIN, Alma, composto e produzido especialmente para acompanhar o livro.
Em Yuxin, Ana Miranda inventa o mundo possível de uma jovem índia - uma "outra" brasileira. A pergunta inicial da autora é: como pensa essa moça?, para logo indagar-se o que pensa essa moça?
A ação do livro decorre em 1919, no interior das matas densas do Acre. Ao mesmo tempo em que experimenta os conflitos de seu próprio cotidiano, a protagonista vive na fronteira de um mundo externo assustador, que assedia sua cultura com padres catequizadores e brancos interessados nos ganhos que podem ser obtidos com a exploração da floresta - de que fazem parte, como elemento natural, os índios com sua cultura.
Ao falar da indiazinha Yuxin, Ana Miranda fala também de yuxin - substantivo de sentido complexo que se pode traduzir como "alma". Por meio da linguagem-alma da indiazinha, a escritora fala da alma da floresta, cheia dos ecos das vozes dos bichos e dos rumores da natureza.
Em suas obras, Ana Miranda costuma buscar a linguagem mais íntima de seu personagem para utilizá-la como material de construção da prosa daquela obra específica. Caberá a esse personagem a função de desvendar o mundo em que vive e os fatos que lhe sucedem. E é essa linguagem colada à identidade do personagem que revelará o sentido do que se passa no romance. Assim foi em Amrik, Desmundo, Noturnos...
Com sua literatura inovadora, Ana Miranda é uma das principais escritoras brasileiras contemporâneas.
A compositora, pesquisadora e intérprete Marlui Miranda traduziu Yuxin em música em seu cd YUXIN, Alma, composto e produzido especialmente para acompanhar o livro.