Três décadas de política externa, por um diplomata profissional
A partir da democratização, a política externa e a diplomacia do Brasil conhecem um processo sustentado de melhoria em sua capacidade de formulação e de aprimoramento operacional. O Itamaraty aproveitou o novo ambiente para lançar iniciativas nas esferas bilateral, regional e mundial. Collor deu a partida, revigorando a integração regional com um projeto de mercado comum. Fernando Henrique Cardoso ampliou o diálogo do Brasil com as potências mundiais e junto a países emergentes. O Itamaraty forneceu excelente assessoria presidencial em todas essas iniciativas.
Lula confirmou a nova imagem do Brasil com outras iniciativas: IBAS, Unasul, Brics, parcerias estratégicas. Mas a política externa adquiriu contornos partidários, com lances conduzidos por assessores palacianos, à margem do Itamaraty. Sua sucessora não conseguiu manter a dinâmica, inclusive porque não tinha empatia pela política externa e acabou arrastando o Brasil para uma grave crise econômica.
O período Temer representou um retorno às boas tradições do Itamaraty e da sua diplomacia profissional. Ajustes foram feitos no âmbito regional – inclusive por desvios cometidos na era lulopetista, como a inclusão indevida da Venezuela no Mercosul e os descaminhos da Unasul. As eleições de 2018 se fizeram em cenário divisivo e emocional, redundando na escolha de um presidente sem qualquer conhecimento de política externa.
Depois do apogeu, veio o triste momento de demolição da política externa e da diplomacia, com amadores despreparados na condução de uma e outra. A política externa se tornou caudatária dos interesses dos Estados Unidos e a diplomacia sofreu por mais de dois anos sob a gestão de um diplomata submisso.
Esta obra revisa a evolução da política externa desde os anos 1990 e comenta o que foi feito de errado na fase recente. Uma história de ascensão e de tribulações numa das diplomacias mais bem vistas no mundo até 2018.
Com mais de quatro décadas a serviço do Itamaraty, o autor está habilitado como poucos para tratar dos momentos de prestígio e da reconstrução da política externa.
Paulo Roberto de Almeida; José Flávio Sombra Saraiva; Amado Luíz Cervo
Número de páginas
291
Editora
APPRIS
Idioma
PORTUGUÊS
ISBN
6525016347
Encadernação
Brochura com Sobrecapa
Edição
1
Ano de Edição
2021
Tiragem
0
Descrição
itinerários da diplomacia brasileira
Três décadas de política externa, por um diplomata profissional
A partir da democratização, a política externa e a diplomacia do Brasil conhecem um processo sustentado de melhoria em sua capacidade de formulação e de aprimoramento operacional. O Itamaraty aproveitou o novo ambiente para lançar iniciativas nas esferas bilateral, regional e mundial. Collor deu a partida, revigorando a integração regional com um projeto de mercado comum. Fernando Henrique Cardoso ampliou o diálogo do Brasil com as potências mundiais e junto a países emergentes. O Itamaraty forneceu excelente assessoria presidencial em todas essas iniciativas.
Lula confirmou a nova imagem do Brasil com outras iniciativas: IBAS, Unasul, Brics, parcerias estratégicas. Mas a política externa adquiriu contornos partidários, com lances conduzidos por assessores palacianos, à margem do Itamaraty. Sua sucessora não conseguiu manter a dinâmica, inclusive porque não tinha empatia pela política externa e acabou arrastando o Brasil para uma grave crise econômica.
O período Temer representou um retorno às boas tradições do Itamaraty e da sua diplomacia profissional. Ajustes foram feitos no âmbito regional – inclusive por desvios cometidos na era lulopetista, como a inclusão indevida da Venezuela no Mercosul e os descaminhos da Unasul. As eleições de 2018 se fizeram em cenário divisivo e emocional, redundando na escolha de um presidente sem qualquer conhecimento de política externa.
Depois do apogeu, veio o triste momento de demolição da política externa e da diplomacia, com amadores despreparados na condução de uma e outra. A política externa se tornou caudatária dos interesses dos Estados Unidos e a diplomacia sofreu por mais de dois anos sob a gestão de um diplomata submisso.
Esta obra revisa a evolução da política externa desde os anos 1990 e comenta o que foi feito de errado na fase recente. Uma história de ascensão e de tribulações numa das diplomacias mais bem vistas no mundo até 2018.
Com mais de quatro décadas a serviço do Itamaraty, o autor está habilitado como poucos para tratar dos momentos de prestígio e da reconstrução da política externa.