Conciso e preciso Aramis não desperdiça a palavra. Fere a lira contencionalmente e plange seus ritmos com economia e sobriedade.Sente-se perfeitamente à vontade para narrar em surdina e em surdina aguçar a verruma com que impiedosamente vai perfurando e perfurando a alma de seus personagens comparsas no drama surdo do dia-a-dia -avidez e imediatismo querem tudo que querem e querem agora; querem viver a qualquer preço; querem libertar-se da amarga gaiola de suas frustrações. Aramis esgrime com o florete rombudo do cotidiano. Foge na verdade do que narra compassivo porém sem massacrar seus desvalidos seres de papel e tinta. anto os insere e os integra numa ampla paisagem dos aconteceres humanos decalque e "shopping" de ilusões que parecem palpáveis por isso mais dolorosas; por abeirar-se de uma configuração tantálica -está tudo aí; está tudo ao seu alcance; tudo se mostra se oferece se apresenta. Mas nada chega para nós de fato na real. Eis o suplício a que Aramis submete seus personagens no inferno da frustração cotidiana; ruminando o não nosso de cada dia.
Conciso e preciso Aramis não desperdiça a palavra. Fere a lira contencionalmente e plange seus ritmos com economia e sobriedade.Sente-se perfeitamente à vontade para narrar em surdina e em surdina aguçar a verruma com que impiedosamente vai perfurando e perfurando a alma de seus personagens comparsas no drama surdo do dia-a-dia -avidez e imediatismo querem tudo que querem e querem agora; querem viver a qualquer preço; querem libertar-se da amarga gaiola de suas frustrações. Aramis esgrime com o florete rombudo do cotidiano. Foge na verdade do que narra compassivo porém sem massacrar seus desvalidos seres de papel e tinta. anto os insere e os integra numa ampla paisagem dos aconteceres humanos decalque e "shopping" de ilusões que parecem palpáveis por isso mais dolorosas; por abeirar-se de uma configuração tantálica -está tudo aí; está tudo ao seu alcance; tudo se mostra se oferece se apresenta. Mas nada chega para nós de fato na real. Eis o suplício a que Aramis submete seus personagens no inferno da frustração cotidiana; ruminando o não nosso de cada dia.