Este livro rompe a superfície da produção didática e, por meio de uma análise foucaultiana ascendente, descreve o modo como as relações saber-poder tecem fio a fio as verdades que conduzem esta produção. Não há na obra uma estruturação rígida entre as partes que a compõem, como é próprio das teorizações contemporâneas, mas sim uma articulação que engloba teorizações, referenciais e análises, evidenciando um poder circulante, que penetra nos corpos dos sujeitos, que os modifica, institui suas práticas, determina seus lugares, disciplina e normatiza as ações nos microespaços onde se deslocam. Dessa forma, desde o início o leitor é envolvido no contexto da obra, levando-o a sentir o clima de tensão e prazer que emerge das enunciações de cada entrevistado, o modo como ora os sujeitos resistem ao poder, ora se deixam levar por ele. Ao percorrer as linhas que dão forma ao texto, pode-se compreender o modo como discurso e verdade não apenas dão forma, mas criam objetos de que “falam”. Nesta obra, você pode escolher por onde começa ou termina sua leitura, mas tal qual ocorre nas relações de poder, certamente não poderá controlar seus efeitos.
uma análise das relações de poder na constituição do livro didático de matemática
Este livro rompe a superfície da produção didática e, por meio de uma análise foucaultiana ascendente, descreve o modo como as relações saber-poder tecem fio a fio as verdades que conduzem esta produção. Não há na obra uma estruturação rígida entre as partes que a compõem, como é próprio das teorizações contemporâneas, mas sim uma articulação que engloba teorizações, referenciais e análises, evidenciando um poder circulante, que penetra nos corpos dos sujeitos, que os modifica, institui suas práticas, determina seus lugares, disciplina e normatiza as ações nos microespaços onde se deslocam. Dessa forma, desde o início o leitor é envolvido no contexto da obra, levando-o a sentir o clima de tensão e prazer que emerge das enunciações de cada entrevistado, o modo como ora os sujeitos resistem ao poder, ora se deixam levar por ele. Ao percorrer as linhas que dão forma ao texto, pode-se compreender o modo como discurso e verdade não apenas dão forma, mas criam objetos de que “falam”. Nesta obra, você pode escolher por onde começa ou termina sua leitura, mas tal qual ocorre nas relações de poder, certamente não poderá controlar seus efeitos.