Vivemos em um mundo em que tudo acontece de maneira extremamente rápida: o tempo voa, as informações se espalham em instantes e tudo precisa ser feito com urgência. Hoje, muitos problemas podem ser apontados pelos adultos como “desculpas” para retirar o lúdico da vida de nossas crianças. Sendo assim, pode-se afirmar que para muitas crianças a escola talvez seja o único local (ou o local privilegiado) de encontro com seus pares e com possibilidades de experienciar as culturas lúdicas infantis. Este livro nos mostra o quanto a banalização do lúdico foi historicamente incutida em nossos sistemas educacionais e nos apresenta a visão de crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental que sofrem com as principais privações do jogo e da brincadeira (considerados essenciais para o desenvolvimento infantil) no local que deveria valorizar a produção das culturas infantis: a escola. Mesmo com tantas “justificativas” para proibir as culturas lúdicas infantis nas salas de aula, as crianças não se deixam vencer e estão sempre repassando, criando e vivendo essas culturas. E isso independe de os adultos autorizarem ou não a entrada do “ser estranho” (um tal de “lúdico”) nas escolas, visto que este adentra esses contextos nos corpos e mentes de quem se recusa a deixá-lo do lado de fora dessas instituições: a criança.
Entre a proibição e a criação
Vivemos em um mundo em que tudo acontece de maneira extremamente rápida: o tempo voa, as informações se espalham em instantes e tudo precisa ser feito com urgência. Hoje, muitos problemas podem ser apontados pelos adultos como “desculpas” para retirar o lúdico da vida de nossas crianças. Sendo assim, pode-se afirmar que para muitas crianças a escola talvez seja o único local (ou o local privilegiado) de encontro com seus pares e com possibilidades de experienciar as culturas lúdicas infantis. Este livro nos mostra o quanto a banalização do lúdico foi historicamente incutida em nossos sistemas educacionais e nos apresenta a visão de crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental que sofrem com as principais privações do jogo e da brincadeira (considerados essenciais para o desenvolvimento infantil) no local que deveria valorizar a produção das culturas infantis: a escola. Mesmo com tantas “justificativas” para proibir as culturas lúdicas infantis nas salas de aula, as crianças não se deixam vencer e estão sempre repassando, criando e vivendo essas culturas. E isso independe de os adultos autorizarem ou não a entrada do “ser estranho” (um tal de “lúdico”) nas escolas, visto que este adentra esses contextos nos corpos e mentes de quem se recusa a deixá-lo do lado de fora dessas instituições: a criança.